10 maneiras de evitar e controlar a pressão alta

Por Gazeta Admininstrator

A hipertensão arterial ou, simplesmente, pressão alta, é gatilho certo para uma série de males - e não só aqueles que envolvem o sistema circulatório. “Normalmente, um paciente com pressão igual ou superior a 140/90mmHg é diagnosticado como hipertenso. São pessoas mais sujeitas a sofrer com falhas no coração, nos rins e até no cérebro”, explica o cardiologista Enéas Rocco.

A doença é crônica (não tem cura, mas pode ser controlada) e, por isso, é importante fazer exames regulares para detectar como andam seus batimentos cardíacos. Mas, atenção: ter pressão alta não é sinônimo de ser hipertenso.

“Para ser considerado hipertenso, o paciente tem de permanecer com a pressão mais alta do que o normal”, diz o médico. Isso porque, momentaneamente, qualquer pessoa está sujeita a uma variação na freqüência cardíaca.

Um esforço físico mais intenso ou momentos de estresse, por exemplo, alteram esses números.

Algumas atitudes, no entanto, ajudam não só a prevenir o problema como controlam níveis já elevados de pressão. Confira a seguir uma lista delas e imprima uma marca saudável ao seu dia-a-dia.

1. Manutenção do peso ideal - O sobrepeso aumenta dificulta o esforço do coração para conseguir bombear o sangue. Na prática, o músculo é exigido demais. "Como o bíceps de quem levanta peso, o coração de uma pessoa obesa acaba hipertrofiado" , explica o cardiologista. Com um risco: as lesões causadas pelo esforço excessivo podem se tornar irrecuperáveis.

2. Prática de atividade física - Atividades físicas regulares, principalmente as aeróbias, contribuem para a melhora de todo o sistema circulatório e pulmonar. Só tome cuidado com os exageros: antes de começar qualquer treino, procure um especialista e faça uma avaliação geral.

3. Redução de sal - O excesso de sal na dieta leva à retenção de líquidos, acarretando a hipertensão. Por isso, maneire na hora de temperar a comida e diminua o consumo de enlatados e alimentos em conserva.

4. Evitar bebidas alcoólicas - O álcool em grande quantidade é inimigo feroz da pressão sob controle. Corte as bebidas da sua dieta ou consuma com muita moderação

5. Dieta saudável - Gorduras saudáveis e pouco sal são medidas indispensáveis na dieta de quem quer manter o coração saudável. Inclua ainda muitas frutas, verduras e legumes. Cortar a carne não é preciso, mas dê preferência aos cortes magros como filé mignon e músculo.

6. Medicamentos - Se o médico recomendou, não deixe de tomar. Mas nada de sair por aí imitando a receita alheia. Vale lembrar que alguns medicamentos podem elevar a pressão, como os antiiflamatórios e anticoncepcionais, ressalta o cardiologista.

7. Cigarro - O tabaco, em conjunto às outras substâncias tóxicas do cigarro, eleva a pressão imediatamente além de comprometer toda sua saúde. Parar de fumar imediatamente é fundamental , alerta o professor de Cardiologia da Santa Casa de São Paulo, Ronaldo Rosa.

8. Estresse - Ele aparece como resposta do organismo às sobrecargas físicas e emocionais, acarretando a hipertensão e doenças do coração. Controle suas emoções e procure incluir atividades relaxantes na sua rotina.

9. Exames médicos - Avaliações regulares não só ajudam a identificar o problema no começo, facilitando o tratamento, como servem para adequar o uso de medicamentos de forma mais eficaz.

10. Medir a pressão - No mínimo uma vez por ano, todas as pessoas devem fazer isso. A recomendação é da Sociedade Brasileira de Hipertensão, que alerta para esse simples exame como uma forma de prevenir problemas mais sérios.

Dieta é ferramenta poderosa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 16,6 milhões de pessoas morram, anualmente, de doenças cardiovasculares - grupo que engloba males como infarto e insuficiência cardíaca, além de hipertensão e derrame cerebral. As falhas no músculo respondem por uma em cada três mortes no mundo. De acordo com relatório da Organização, até 2010, as doenças cardiovasculares serão a principal causa de mortalidade nos países em desenvolvimento.

Segundo os especialistas, os maus hábitos alimentares, o sedentarismo e o estresse estão associados ao aumento da incidência de males do peito. Confira, a seguir, os amigos e os inimigos do seu prato e do seu peito.

1. Castanhas, nozes,
avelãs, amêndoas e pistache
Cientistas da Universidade Park, do estado do Texas, concluíram que esses alimentos reduzem o risco de males cardíacos entre 25% e 39%, quando consumidos cinco vezes por semana. Isso porque contêm gorduras insaturadas, que aumentam o número de receptores do colesterol ruim (LDL) nas células. Assim o bandido é seqüestrado e utilizado pelo corpo de maneira mais eficaz. Ricos em vitamina E, os petiscos agem como antioxidantes, impedindo o depósito de gordura nas artérias (ateromas).

Mas quando são industrializados e fritos, eles têm o valor nutricional reduzido e também podem provocar graves alergias alimentares, alerta a nutricionista Fabiana Honda, da Patrícia Bertolucci Consultoria Nutricional, de São Paulo.

2. Chocolate
Em um relatório apresentado na reunião anual da Associação de Cardiologia dos Estados Unidos, em Chicago, os pesquisadores afirmaram que o chocolate preto, em pequenas quantidades, pode reduzir o risco de um ataque cardíaco por diminuir a tendência de coagulação das plaquetas, processo responsável por obstruir os vasos sangüíneos. Os flavonóides presentes no chocolate são capazes de reduzir o colesterol do mal (LDL) e podem impedir a arteriosclerose, processo degenerativo que provoca a obstrução progressiva das artérias, explica Fabiana. Outra pesquisa da Universidade da Pensilvânia constatou que consumir 38 gramas de cacau em pó ou de chocolate amargo, todos os dias, (equivalente a cerca de duas trufas pequenas), pode reduzir os níveis de colesterol ruim em 4% e elevar o HDL, o bom colesterol, em ou-tros 4%. Mas, é claro, a guloseima deve ser consumida com moderação. Além do mais, fuja dos produtos que abusam da gordura hidrogenada para substituir o cacau. Confira as proporções no rótulo.

3. Alho
Seu segredo está nos compostos sulfurados. Esses nutrientes reduzem a pressão arterial e as taxas de LDL, além de prevenir contra tumores , afirma a nutricionista de São Paulo. O alimento também impede que o colesterol grude nas paredes das artérias. O ideal é consumir até três dentes crus por dia.

4. Cebola
Assim como o chocolate, a cebola diminui a formação de placas de gordura que causam a obstrução dos vasos sangüíneos. O resultado desse entupimento é a arteriosclerose, processo de endurecimento das artérias, capaz de levar ao infarto. A quantidade recomendada é de meia cebola crua por dia.

5. Peixes
O cardiologista Michael Burr constatou, no Centro de Pesquisas Médicas de Cardiff, no País de Gales, que vítimas de ataques cardíacos aumentaram as chances de evitar novos problemas em 29%, quando passaram a comer peixe pelo menos duas vezes por semana. O ideal é o consumo de peixes grelhados ou assados, de preferência acompanhados de molhos leves, arroz, purês e vegetais , aconselha a nutricionista Fabiana Brunacci, da Equilibrium Consultoria, de São Paulo. Tudo isso porque a turma dos mares carrega o ômega 3, um tipo de ácido graxo que promove uma faxina geral nas artérias. Esse nutriente é encontrado principalmente nos nadadores das águas frias, como salmão, atum, sardinha, arenque, anchova, tainha, bacalhau e a truta. O ômega 3 atende dois requisitos fundamentais para o coração bater a todo vapor: aumenta o HDL, o colesterol bom, e reduz o ruim, o LDL.

6. Laranja, morango, kiwi e goiaba
Esse time de frutas possui um ingrediente essencial ao coração: vitamina C, um poderoso antioxidante que também reforça a parede das artérias, por combater a formação das malfadadas placas de gordura. Ao comprovar que esse nutriente atua nos vasos, uma pesquisa da Universidade de Frankfurt, na Alemanha, apontou que a vitamina C é uma ótima pedida para quem sofre de insuficiência cardíaca. O ideal é consumir, no mínimo, duas frutas por dia ricas nesse nutriente.

7. Azeite de oliva
- Diversos estudos apontam a importância desse óleo extraído do caroço da azeitona no combate às doenças cardíacas. O azeite de oliva possui grande quantidade de ácidos graxos monoinsaturados e antioxidantes, sendo um aliado na diminuição dos níveis de colesterol ruim (LDL) - explica Fabiana Honda. Segundo as pesquisas, indivíduos que consomem mais manteiga e outros óleos correm um risco de vida três vezes maior na comparação com os aficionados do azeite.

8. Vinho tinto
Está mais do que provado que tomar um cálice da bebida dos deuses no almoço e outro no jantar pode inibir o enferrujamento do LDL, colesterol do mal. Quando está oxidado fica mais fácil para as moléculas do danado se depositarem nas coronárias, entupindo geral. Como o vinho tinto fica mais em contato com a casca da uva, ele traz mais vantagens ao organismo do que o branco. “A bebida é um coquetel de flavonóides, antioxidante capaz de diminuir os riscos de doenças cardiovasculares justamente por evitar a formação das placas de gordura” , defende a nutricionista Fabiana Honda.

9. Abacate
Assim como o azeite de oliva, esta fruta é rica em gordura monoinsaturada, que ajuda a aumentar os níveis do colesterol bom, o HDL, e despachar o colesterol ruim do sangue. Além disso, é rico em triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, neurotransmissor que promove sensação de bem-estar. Esse nutriente atua como protagonista no combate à depressão. Mas o que os deprimidos têm a ver com os infartados? Muita coisa. Um levantamento feito pela Federação Mundial de Cardiologia mostrou que 45% das vítimas de infarto também tinham depressão. O estresse e a depressão elevam os níveis hormonais de cortisol e adrenalina no sangue, prejudicando o trabalho cardíaco. Esses hormônios causam espasmos nos vasos e isso faz com que placas de gordura acumuladas ali despenquem para o sangue, formando os indesejados coágulos que correm para bloquear o caminho do sangue nas artérias.

10. Fibras
Presentes na aveia, feijão, cereais, maçã, goiaba e cenoura, as fibras solúveis facilitam a remoção do colesterol ruim (LDL) do corpo.

11. Tomate
Ele está cheio de licopeno. Sabe-se que esse pigmento vermelho, também presente na goiaba e na melancia, têm propriedades antioxidantes capazes de livrar as artérias do colesterol inimigo (LDL). Cientistas da Universidade Harvard (EUA) analisaram mil mulheres por dez anos para concluir que aquelas com os maiores níveis do pigmento no plasma sangüíneo tinham o coração protegido.

12. Feijão, banana e couve
O segredo desses alimentos está em se-rem boas fontes de vitaminas do complexo B. Elas dão uma mãozinha no controle das taxas de homocisteína no sangue, um aminoácido tão relacionado aos problemas cardíacos que pode indicar tendências ao infarto. Sua presença em excesso no sangue é um baita sinal vermelho denunciando que o peito vai mal. Estudos sugerem que a homocisteína altere o tecido das artérias coronárias, facilitando, assim, a deposição de gorduras nas paredes dos vasos sangüíneos.