12 russos são acusados de hackear comitê do Partido Democrata em 2016

Por Gazeta News

O Departamento de Justiça indiciou nesta sexta-feira, 13, 12 russos por conspiração por hackear o comitê do Partido Democrata durante as eleições presidenciais em 2016. A acusação afirma que os réus russos promoveram ataques cibernéticos em março de 2016 nas contas de e-mail do pessoal da campanha presidencial de Hillary Clinton. O vice-procurador-geral, Rod Rosenstein, disse que os hackers usaram e-mails, phishing e softwares maliciosos e se corresponderam com vários norte-americanos durante a suposta conspiração, mas acrescentou que não há alegações de que algum cidadão norte-americano cometeu um crime. Segundo Rosenstein, os hackers também roubaram dados de meio milhão de eleitores de um site do conselho eleitoral estadual. O promotor especial Robert Mueller, ex-chefe do FBI, investiga sobre a suposta ingerência de russos nas últimas eleições e se houve um conluio entre russos e a campanha de Donald Trump. As acusações foram apresentadas três dias antes de uma reunião entre Donald Trump e seu homólogo russo, Vladimir Putin, em Helsinque. Os 12 indiciados são membros da Inteligência militar da Rússia, conhecida como GRU. Antes dos indiciamentos anunciados nesta sexta, 20 pessoas e 3 empresas já tinham sido acusadas na investigação de Mueller. Entre os acusados estão o ex-chefe de campanha de Trump, Paul Manafort, e um dos seus assessores, Richard Gates. Também estão 13 russos acusados de participar de uma poderosa campanha em redes sociais para influenciar a opinião pública americana nas eleições de 2016. Em uma coletiva de imprensa, o Departamento de Justiça disse que não há razão para acreditar que cidadãos dos EUA estavam envolvidos nos crimes mencionados nesta sexta pela acusação. Donald Trump, ele acrescentou, foi informado nesta semana sobre os desdobramentos do processo. O Procurador Especial já indiciou vários antigos funcionários de Donald Trump, incluindo seu diretor de campanha, Paul Manafort, e Michael Flynn, ex-assessor de segurança da Casa Branca. Algumas horas antes do anúncio das acusações, Trump chamou a investigação Mueller de "caça às bruxas falsas", que “prejudica as relações com a Rússia”. Com informações da Agência Reuters.