1º de agosto: Dia Mundial da Amamentação

Por Gazeta News

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O Dia Mundial da Amamentação foi criado em 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-amamentação (World Alliance for Breastfeeding Action - WABA) para promover o aleitamento materno e a criação de bancos de leite, garantindo, assim, melhor qualidade de vida para crianças em todo o mundo.

A data é comemorada dentro da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre em 120 países anualmente entre os dias 1º e 7 de agosto. Mesmo com campanhas de conscientização desse tipo, estudos mostram que a grande maioria das mães nos Estados Unidos, especialmente as adolescentes, nunca amamentou.

De acordo com Ranjita Misra, da Universidade Estadual Truman, em Kirksville, Missouri, e Delores James, da Universidade da Flórida, em Gainesville, cerca de 30 mil novas mães sendo acompanhadas em clínicas de saúde públicas em Missouri foram questionadas em relação aos métodos de alimentação dos bebês. Quase todas as mães participaram do Programa de Nutrição Suplementar Especial para Mulheres, Recém-Nascidos e Crianças (WIC).

De acordo com as pesquisadoras, dois terços das mães adultas e três quartos das mães adolescentes disseram que nunca amamentaram ou deram de mamar somente por uma semana. Misra e James destacaram que 95% das mães -- adultas e adolescentes -- começaram a usar uma fórmula para bebês pelo menos em algumas das alimentações na 2a semana de vida do recém-nascido.

Os resultados indicam que as mães com melhor instrução, que eram solteiras e nos últimos anos da adolescência, e que começaram o pré-natal no primeiro trimestre da gestação estavam mais propensas a continuar com o aleitamento materno. Além disso, as mães afro-americanas estavam menos propensas a amamentar. As pesquisadoras sugerem que o WIC pode encorajar o abandono do aleitamento fornecendo, de graça, uma fórmula a determinadas crianças durante seu 1o ano de vida.

Medidas para aumentar a amamentação Como recém-nascidos podem obter muitos benefícios do aleitamento materno, Misra e James sugerem medidas para aumentar as taxas de amamentação entre estas mães, como promover a amamentação entre futuros mães, pais e avós, mesmo antes da concepção e encorajar gestantes adultas e adolescentes a iniciar o pré-natal o mais cedo possível. A importância da amamentação Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a amamentação é a principal forma de fornecer ao bebê os nutrientes necessários para sua sobrevivência e seu desenvolvimento.

Nos primeiros seis meses de vida, o aleitamento materno exclusivo deve ocorrer sem a complementação com nenhum alimento. Após o período de seis meses, outras substâncias podem ser oferecidas à criança. Vale salientar que vários estudos sugerem que crianças devem ser alimentadas com leite até, pelo menos, os dois ou três anos de idade.

O leite materno oferece todas as substâncias necessárias à nutrição da criança, além de anticorpos fundamentais para protegê-la no início da vida. Estudos comprovam que a mortalidade por doenças infecciosas é menor em crianças que são amamentadas. O leite materno também garante proteção contra infecções respiratórias, evita casos de diarreia e o seu agravamento, além de diminuir os riscos de alergia.

Entre os benefícios a médio e longo prazo, a amamentação faz com que as crianças apresentem pressões arteriais mais baixas, menores níveis de colesterol e uma redução do risco de desenvolver obesidade e diabetes tipo 2. Nesse último caso, podemos destacar o fato de que a mulher que amamenta também apresenta esse risco reduzido.

Benefícios para a mãe A mulher também é beneficiada pelo aleitamento, com destaque especial para a proteção contra o câncer de mama e de ovários, bem como a diminuição dos riscos de morte por artrite reumatoide. Nos primeiros seis meses, o ato de amamentar pode garantir uma proteção contra uma nova gestação. Estudos indicam que a ovulação está relacionada com o número de mamadas diárias do bebê, sendo assim, ela ocorre mais antecipadamente em mulheres que amamentam menos vezes. Podemos destacar ainda que a amamentação cria um maior vínculo afetivo entre a mãe e o bebê. Bancos de leite Para aquelas mulheres que por algum motivo não podem amamentar, o leite materno pode ser conseguido nos chamados Bancos de Leite Humano. Esses bancos são mantidos graças às mulheres na fase de amamentação que apresentam excesso de leite e realizam a doação, garantindo, assim, qualidade de vida para outras crianças. Diante de tantos benefícios, não é difícil entender como a amamentação é fundamental para a saúde da criança. Sendo assim, iniciativas como a Semana Mundial de Aleitamento Materno e o Dia Mundial da Amamentação são essenciais para garantir a conscientização da sociedade sobre essa questão. Fonte: Brasil Escola.