A história de Papai Noel

Por Gazeta Admininstrator

Barba branca e comprida, roupa vermelha, gorro na cabeça, um recheado saco de presentes nas costas e um olhar doce e acolhedor - quem é que nunca sonhou em flagrar esse personagem entrando pela chaminé na noite de Natal? Hoje em dia, crianças dos quatro cantos do planeta acreditam em Papai Noel, mas foi só no século IV que sua história se tornou conhecida.

Quem deu origem à famosa lenda foi o bispo Nicolau - mais tarde cultuado pela Igreja Católica como São Nicolau de Mira. “Ele vivia na região da Lícia, na atual Turquia, e era conhecido por ser um homem muito bondoso.

Praticava muita caridade, mas preferia o anonimato”, conta Evaristo de Miranda, autor do livro Guia de Curiosidades Católicas (Editora Vozes) e diretor do Instituto Ciência e Fé, de Curitiba, no Paraná. E, tal como o Papai Noel das histórias de hoje em dia, São Nicolau tinha o costume de carregar um saco cheio de presentes. “Ele saía pelas ruas distribuindo para crianças e adultos”, diz o pesquisador.

O bondoso bispo Nicolau deu origem a muitos costumes envolvendo a figura do Bom Velhinho. É o caso da tradição de colocar uma meia na chaminé, na expectativa de que ela amanheça recheada com algum presente. “Tudo começou com uma moça turca que queria muito se casar e, por ser de uma família muito pobre, não podia oferecer um dote ao seu pretendente”, explica Evaristo.

Sabendo dessa dificuldade, São Nicolau resolveu ajudá-la doando três sacos de moedas de ouro. Adivinhe o que o bispo fez para entregar o dinheiro? “Ele resolveu jogar as moedas pela chaminé, para que o dinheiro ficasse seguro no interior da casa”, revela o pesquisador.

Coincidentemente, o presente caiu dentro de um sapato que estava ali próximo. Foi por esse motivo que as pessoas passaram a colocar um calçado ou uma meia nesse local da casa, sempre com a esperança de ter uma sorte parecida com a da jovem. Daí também surgiu outra crença, a de que Noel, sempre discreto, preferiria entrar na calada da noite, sem ninguém vê-lo - e, claro, pela chaminé das casas em vez de bater na porta da frente.

São Nicolau de Mira se tornou ainda mais conhecido depois de sua morte, por volta do ano 343, quando vários milagres passaram a ser atribuídos a ele. “Os marinheiros em apuros o invocavam e diziam ter conseguido escapar de naufrágios com a sua ajuda”, diz Evaristo. No século IX o bispo passou ser cultuado como santo pelos católicos e se tornou muito querido especialmente nos países do Leste Europeu.

Sua história foi transmitida de geração a geração e se disseminou pelo mundo, inspirando a lenda que tanto encanta grandes e pequenos. O Papai Noel que conhecemos hoje surgiu em 1823, com o lançamento de “Uma visita de São Nicolas”, de Clement C. Moore. Em seu livro, Moore descrevia São Nicolas como “um elfo gordo e alegre”.

Quarenta anos mais tarde, Thomas Nast, um cartunista político criou uma imagem diferente do Papai Noel, que era modificada ano a ano para a capa da revista Harper’s Weekly. O Papai Noel criado por Nast era gordo e alegre, tinha barba branca e fumava um longo cachimbo.

Entre 1931 e 1964, Haddon Sundblom inventava uma nova imagem do Papai Noel a cada ano para propagandas da Coca-Cola, que eram veiculadas em todo o mundo na parte de traz da revista National Geografic. E é esta a imagem do Papai Noel que conhecemos hoje. Conheça algumas tradições de Natal ao redor do mundo

Suécia
Nos países escandinavos o natal tem seu início em 13 de Dezembro, data em que se comemora o dia de Santa Luzia. Nas festividades desse dia existem tradições natalinas muito peculiares como uma procissão em que as pessoas carregam tochas acesas. De resto, as tradições de natal suecas são muito parecidas com as do resto do ocidente.

Finlândia
Na Finlândia há a estranha tradição natalina de freqüentar saunas na véspera de natal. Outra tradição natalina na Finlândia é visitar cemitérios para homenagear os entes falecidos.

Rússia
Na Rússia o natal é comemorado no dia 7 de janeiro,13 dias depois do natal ocidental. Uma curiosidade é que, durante o regime comunista, as árvores de natal foram banidas da Rússia e substituídas por árvores de ano novo. Segundo a tradição natalina dos russos, a ceia deve ter muito mel, grãos e frutas, mas nenhuma carne.

Japão
No Japão, onde só 1% da população é cristã, o natal ganhou força graças à influência americana, depois da segunda guerra. Por questões econômicas, os japoneses foram receptivos com algumas tradições, como a ceia de natal, o pinheirinho e os presentes de natal.