- A maioria dos homens se mostram abertos ao uso desse tipo de anticoncepcional
Parece mesmo que o feminismo está atingindo esferas masculinas importantes. No dia 24 de março de 2019 foi anunciada mais uma tentativa de lançamento de uma pílula anticoncepcional masculina. O que pouca gente sabe é que mesmo antes de estudarem um anticoncepcional feminino já haviam estudado um anticoncepcional masculino.
E se você está se perguntando por que não foi levado à frente esse projeto, a resposta é bem simples. Porque diminuía a libido (um pouco) dava dor de cabeça e inchaço. Vocês mulheres reconheceram alguns desses sintomas? Sim, é isso mesmo os sintomas mais comuns dos anticoncepcionais femininos amplamente vendidos, prescritos e usados por milhões de mulheres há décadas. Este novo medicamento promete diminuição dos sintomas, mas não promete eliminação dos sintomas. E não sabemos se os homens irão aderir ou não ao novo método.
Os testes foram feitos durante 28 dias apenas, eu acho um tempo muito, muito curto, para afirmar que o método é reversível e que os efeitos colaterais estão mesmo determinados. Se usarmos como experiência o uso do anticoncepcional hormonal feminino, podemos lembrar que o efeito negativo de endurecimento nos vasos sanguíneos aparece depois de muitos anos de uso.
Segundo um dos pesquisadores esse anticoncepcional poderá estar disponível para venda e uso, em 10 anos. Esse mesmo pesquisador diz que a maioria dos homens se mostram abertos ao uso desse tipo de anticoncepcional, citando uma pesquisa de 2005, mas com a condição de ser um método reversível.
Nesse experimento que foi divulgado em março de 2019, como tendo sucesso, muitos homens relataram dificuldade leve de ereção e dor de cabeça. Acho prudente pensar que o medicamento foi usado por 28 dias, 28 dias com dor de cabeça leve e com leve dificuldade de ereção. Como seria a aceitação se esses efeitos durassem por exemplo um ano? Tenho minhas dúvidas da plena aceitação já que não são os homens que gestam e sem dúvida isso faz uma grande diferença na aceitação de conviver com esses sintomas.
Outro ponto que é importante de comentar é que o anticoncepcional como o próprio nome diz, impede somente a gestação. Não impede o avanço de doenças sexualmente transmissíveis, que é também um grande problema. O movimento feminista grita e combate a gestação indesejada, certo concordo, mas nunca vi uma feminista gritar, esbravejar contra homens que sabem que têm doenças sexualmente transmissíveis e não usam a camisinha.