Por que as lojas, lanchonetes, restaurantes dentro dos aeroportos cobram tão caro por tudo o que vendem? Simples, porque você não tem opção. Evidentemente que os proprietários desses comércios dizem que pagam aluguéis exorbitantes, o que é verdade, e que por essa razão são “obrigados” a repassar isso para o consumidor.
Os governos fazem a mesma coisa, gastam mais do que arrecadam e quando a conta estoura, além da contabilidade criativa, querem mais impostos para que o consumidor pague a conta.
Tudo explode nas mãos do consumidor. No alto de minha ignorância seletiva, pergunto humildemente: Que diabos temos a ver com isso? Pois é... nada!
Se as administrações dos aeroportos cobram fortunas pelos aluguéis de seus espaços, por que os empreendedores simplesmente não os deixam vazios? Será que isso não os obrigaria a rever esses valores?
Evidentemente que deve ser um bom negócio. Assim como deve ser melhor ainda “ser governo”. É uma roubalheira danada, uma mamata desvairada, um samba do afro-descendente doido... (Perdão, mas falar crioulo hoje em dia seria incorreto, sei lá o porquê, mas o povo inútil do Facebook me ensinou essa).
Tirando a alma, que espero ansiosamente que se transforme em penada ou despenada, mais honesta do Brasil, todo mundo quer se aproveitar quando está no poder. Aumentam os impostos para poder gastar mais e se beneficiar do descontrole.
Mas eu dizia que ter uma loja em aeroportos deve ser um bom negócio. E deve mesmo porque esses lugares se transformaram em verdadeiros shoppings. De todos os que conheço, o que mais me impressionou foi o de Johannesburgo na África do Sul. Cerca de 50 lojas esperam pelos passageiros depois que eles já estão nos corredores que dão acesso às salas de embarque. E os preços? Absurdamente caros.
No Brasil, todos os anos alguém faz uma boa matéria sobre o tema. Cobram fortunas pelos famosos cafezinhos e pães de queijo. Normalmente, cafés nojentos, tão fracos que não têm força nem para sair do bule e pães de queijo murchos com gosto de borracha quente.
Há alguns anos embarcava aqui para os Estados Unidos e minha mala não tinha essas modernas fechaduras de hoje em dia, era preciso colocar um cadeado. Quem disse que eu lembrei disso? Pois é. Tive que sair correndo pelo saguão do Aeroporto de Guarulhos atrás de um. Encontrei-o numa loja de... pasmem, malas.
Como é que um sujeiro abre uma loja de malas em um lugar que supostamente todo mundo já carrega suas tralhas dentro de uma? O que esperava o dono do comércio? Sucesso absoluto?
Enquanto pagava a conta conversei com o gerente que dizia que os produtos mais vendidos eram justamente os cadeados. Eu, munido de um ódio avassalador por estar pagando muito mais caro do que a média, decretei:
- Isso aqui não pode dar certo. Vai quebrar em menos de um ano.
Seis meses depois, em outra viagem, vi que a loja encerrara as atividades. Fiquei olhando para aquele espaço imaginando o que viria depois. Com essa falta de “senso de noção” de alguns empresários, talvez, quem sabe: Pizza para Viagem, afinal de contas...