Acompanhado por Rice e Rumsfeld, Bush volta a discursar hoje

Por Gazeta Admininstrator

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fará nesta quinta-feira um novo balanço da guerra global contra o terrorismo e o conflito no Iraque, desta vez ao lado dos secretários de Estado (Condoleezza Rice) e de Defesa (Donald Rumsfeld).

O encontro ocorrerá no salão Roosevelt da Casa Branca e também deve ser assistido por antecessores de Rice e Rumsfeld à frente de seus respectivos departamentos.

O presidente dos EUA, George W. Bush

Pelo terceiro dia consecutivo, Bush se dedica a analisar o passado, o presente e o futuro da estratégia que seguiu os atentados terroristas do 11 de setembro de 2001.

O empenho de Bush em falar publicamente evidencia que ele está convencido de que é preciso manter essa estratégia a todo custo, porque tal como lembrou no Pentágono, na semana passada, 'há muito trabalho a fazer nesta guerra contra o terror".

Bush, que quer recuperar a confiança dos americanos para poder culminar sua missão, previu que durante 2006 haverá avanços significativos, especialmente no Iraque e no Afeganistão.

O presidente recorreu inclusive aos pesos pesados de seu governo para que lhe acompanhem nessa intensa campanha de defesa de sua política contra o terrorismo como uma estratégia vital para evitar que os EUA sejam alvo de novos ataques.

O vice-presidente Dick Cheney deixou bem claro na quarta-feira (28) passada que o inimigo que atacou os EUA em 2001 "ainda é letal e planeja atacar de novo".

A afirmação de Cheney foi feita durante um discurso na sede do grupo de estudos políticos de caráter conservador Heritage Foundation, no qual aproveitou para fazer uma férrea defesa do programa de espionagem que o governo aplicou a cidadãos suspeitos de terrorismo sem autorização judicial.

É um programa "vital" para a segurança do país, segundo o vice-presidente, que chegou a dizer que, talvez, tivesse podido ajudar a evitar o fatídico 11 de Setembro.

Os argumentos de Cheney e Bush continuam sem convencer os mais críticos sobre ações como a espionagem de cidadãos americanos suspeitos de terrorismo.

É o caso de três dos senadores democratas --Harry Reid, Patrick Leahy e Jay Rockefeller--, que enviaram uma carta a Bush na qual lhe comunicam que seguem mantendo sua preocupação ao respeito.

Os senadores estão de acordo em que a administração necessita armas legais para combater o terrorismo. No entanto, destacam que também tem que deve haver normas para proteger aos cidadãos de "contra um potencial abuso por parte de governo".