Adolescente detida pela Imigração diz que foi maltratada em abrigo

Por Gazeta News

Reprodução Globo
[caption id="attachment_124245" align="alignleft" width="300"] Anna Stephane e a mãe chegaram na madrugada desta sexta, 02, em São Paulo.[/caption]

A estudante Anna Stephane Radeck, de 17 anos, que ficou detida nos Estados Unidos por mais de 20 dias, desembarcou no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, na madrugada desta sexta-feira,2.

Stephane chegou por volta das 4h acompanhada da mãe. Ela estava abatida, com o capuz tampando parte do rosto. A jovem abraçou o pai, o irmão, mas não quis falar com a imprensa.

A mãe, Liliane Carvalho, no entanto, afirmou que o local onde a filha ficou parecia uma "casa de detenção". "Ela disse que não podia falar poque eles ouviam as ligações, então ela não podia falar a verdade. Então ela contou que não é um lugar legal, que ela foi maltratada, que falta comida, falta higiene, precária a situação. É uma casa de detenção", disse.

Para a mãe, ela foi detida porque era menor de idade e estava desacompanhada, apesar de ter a documentação autorizando-a a viajar desacompanhada. Ainda segundo a mãe, na audiência em que a Justiça norte-americana autorizou a adolescente a voltar para casa, a juíza se desculpou e disse que o país está de portas abertas para a família.

"Eu não confio nisso. Porque eles falam uma coisa, mas o tratamento lá é totalmente diferente. A gente desacreditou nessas informações", afirmou o pai de Stéfane, Sérgio Ferreira.

Segundo os pais, a garota foi obrigada a tomar dez vacinas e a bagagem dela foi higienizada. Os pais de Stéfane também reclamaram da falta de apoio da embaixada brasileira. "Eles falavam a todo momento que eles não poderiam fazer nada", afirmou a mãe.

A jovem viajou para os EUA no dia 10 de agosto. Ela tinha ido para os Estados Unidos morar com uma tian a Flórida e estava pensando em fazer um curso. Stéfane foi barrada pela imigração em Detroit e levada para um abrigo para menores refugiados em Chicago. A família contratou um advogado e o Itamaraty e o consulado brasileiro entraram no caso.

A outra adolescente brasileira detida, Lilliana Matte, 17 anos, continua no abrigo e a mãe, com o apoio do Consulado, aguarda autorização para visitá-la e definirem a data da audiência para resolver sua situação.

Com informações do G1.