Adolescentes podem ser condenados pela morte de gaúcho em Winter Park

Por Arlaine Castro

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[caption id="attachment_134489" align="alignleft" width="371"] Roger, sua irmã Laura e os pais. A família de Novo Hamburgo (RS) havia se mudado para a Flórida em janeiro de 2016. Foto: arquivo família.[/caption]

Após quase um ano e vários adiamentos, o caso sobre a morte do adolescente gaúcho, Roger Trindade, 15 anos, que faleceu por trauma de força contundente na cabeça após ser agredido em outubro do ano passado em Winter Park (FL), pode estar perto do veredicto final.

Duas audiências estão marcadas para esta quinta e sexta-feira, dias 28 e 29, respectivamente, às 8:30am, no Orange County Juvenile Courthouse, em Orlando, onde a juíza Sally Kest ouvirá as testemunhas de defesa e acusação e os adolescentes acusados do crime: Jesse Sutherland, 15, Simeon Hall, 15, e Jagger Gouda, 16. O caso segue para julgamento final nos dias 14 e 15 de novembro se a juíza não aceitar o depoimento das testemunhas como prova de inocência dos adolescentes, informou ao GAZETA a mãe de Roger, Adriana Thomé.

Os pais de Roger tinham retornado para o Brasil depois do crime e voltaram a Orlando esta semana para acompanhar presencialmente as audiências onde esperam que a justiça seja feita. “Um crime brutal que está quase completando um ano e até hoje esses adolescentes se dizem inocentes. O Roger era um adolescente bom e correto, tinha a metade do peso desses garotos que o agrediram. Não é justo que não paguem por terem tirado a vida do meu filho”, declarou Adriana.

A mãe pediu o apoio da comunidade brasileira da Flórida. “Precisamos do máximo de pessoas da comunidade para fazer pressão. A opinião pública é muito importante para mostrar para eles que a justiça deve ser feita independente de ser imigrante ou não. Nós, brasileiros, estamos indignados porque, de alguma forma, estão querendo livrar os culpados. Se tivesse acontecido o contrário e um americano tivesse morrido, será que estaria sendo julgado da mesma forma?”, questionou.

Os três adolescentes envolvidos na morte de Roger foram ouvidos e se declaram inocentes das acusações.

Segundo Adriana, desde que aconteceu o crime e começaram as investigações, autoridades da cidade de Winter Park “parecem querer esquecer a história porque `manchou´ o nome de uma cidade tida como pacata e sem violência”.

O crime

Roger foi brutalmente agredido pelos adolescentes na noite de 15 de outubro de 2016, na parte central do Park Avenue em Winter Park. Ele recebeu um golpe na cabeça e caiu insconsciente, foi levado para o hospital, onde foi declarada sua morte cerebral e teve o suporte vital retirado em 17 de outubro.

O médico legista determinou a causa da morte como por trauma de força contundente e o caso passou a ser tratado como homicídio. O Gazeta acompanha o desfecho dessa triste história. Veja nos links abaixo: adolescente-brasileiro-morr-apos-ser-espancado-em-orlando/ morte-em-winter-park-familia-aguarda-autopsia-e-policia-descarta-crime-de-odio/ hemorragia-cerebral-causa-da-morte-de-adolescente-brasileiro-em-winter-park/

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