A brasileira Adriana de Cunha Villaverde Naves e seu filho Pedro Renato não estão desaparecidos, mas protegidos pela justiça, de acordo com a advogada Elora Andrade, de Miami.

No dia seguinte à publicação no Gazeta, em que a família do marido de Adriana alegava desconfiar que Adriana teria fugido com o filho para o Brasil, familiares de Adriana no Brasil entraram em contato com Andrade para que ela esclarecesse que mãe e filho estão em Broward, protegidos pela justiça.

De acordo com Andrade, Adriana sofria de violência doméstica, motivo pelo qual saiu de casa no dia 22 de agosto, após um desentendimento com o marido. A advogada protocolou uma ação na corte de Broward e conseguiu, no dia 15, que a mãe ficasse com a guarda temporária de Pedro até uma próxima audiência, marcada para o final do mes.

“Violência doméstica engloba não só violência física, mas verbal”, explica Andrade. “E a lei é clara em relação a isso: não é necessário que a vítima faça um boletim de ocorrência para ser acolhida em um abrigo”.

O que está em jogo, segundo a advogada, são duas coisas: a primeira, é que a mãe não está “foragida” e nem “sequestrou o filho” conforme afirmado anteriormente, mas que Adriana tem a custódia provisória de Pedro. A segunda é que, a brasileira está no país, seguindo as leis americanas.

Andrade afirma ainda que a família do marido de Adriana ainda não foi informada sobre a audiência e a tutela provisória, mas receberá a notificação oficial nos próximos dias.

A cunhada de Adriana, Viviane Naves alega que a família procurou a mídia por preocupação com a mãe e o filho, pois não sabiam onde se encontravam, e disse lamentarem pelo fato de um problema familiar ter tomado proporções tão grandes.

Imigração

Andrade afirma que, no momento, o caso de Adriana está em na esfera do direito de família estadual, e que não chegou à esfera federal de imigração.