Advogada gaúcha é selecionada para atuar no ICE em Miami

Por Arlaine Castro

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A advogada brasileira Tatiana Ferreira da Cunha, natural de Porto Alegre (RS), está entre os brasileiros que se destacam em posições junto às autoridades americanas. A gaúcha mora em Doral, faz o curso de Juris Doctor na Saint Thomas University School of Law, em Miami Gardens, e foi selecionada para estagiar junto ao Immigration and Customs Enforcement (ICE).

Na Flórida há 13 anos, em entrevista ao GAZETA, Tatiana conta que não imaginava seguir carreira nessa área nos Estados Unidos, tanto que o objetivo inicial era terminar o mestrado em direitos humanos e voltar para dar aulas no Brasil, mas mudou de ideia ao descobrir que poderia tirar a licença para trabalhar nos Estados Unidos ao final do curso, que vai até maio de 2018.

O gosto pela área de imigração veio ao passar pelo processo de mudança de visto de trabalho para obtenção do green card, junto com o marido. “Sempre acompanhei o assunto desde a faculdade, mas tomei gosto porque a gente começa a se inteirar mais e querer se aprofundar”, disse. Além disso, a gaúcha destaca que o que ajudou muito foi ter feito a tese de mestrado sobre direitos humanos com foco para os direitos humanos da comunidade, no caso de brasileiros indocumentados nos Estados Unidos.

Tatiana ressalta a importância da conquista para sua carreira. “Claro que um estágio como esse abrirá muitas portas, principalmente na área de imigração. Foi um processo bem competitivo, no qual foram selecionados 15 alunos de diferentes universidades que serão divididos entre o Broward Transition Center e o Krome Detention Center, em Downtown Miami”, explica.

Sobre a expectativa de trabalho que desempenhará no Krome Detention Center, a partir da próxima segunda-feira, 12, ela enfatiza que, apesar de ainda não poder falar muito porque ainda não começou o estágio, a brasileira conta que atuará com autoridades de Imigração em processos de imigrantes criminosos.

“O que sei, por enquanto, é que meu estágio será junto aos advogados do ICE, que nos processos e julgamento dos imigrantes que enfrentam deportação agem como promotores e decidem ou não se a pessoa pode permanecer nos Estados Unidos”, esclarece.