Advogados de todo País fazem lobby pela imigração

Por Gazeta Admininstrator

Um grupo de advogados especializados em imigração realiza no dia 23 em Washington o chamado Lobby Day, quando percorrerá os gabinetes dos deputados e senadores envolvidos na discussão dos projetos de imi-gração para defender aspectos específicos como ampliação do número de vistos H1B e a criação de programas de trabalhadores convidados.
A iniciativa é uma organização da American Immigration Lawyer Association (Aila), e reunirá advogados do país inteiro, que trabalham com diversas comunidades de imigrantes, ou re-presentam interesses de empresas interessadas em contratar profissionais estrangeiros.
A advogada brasileira Iara Morton, uma das representantes da delegação do Sul da Flórida, presidida pelo advogado Anis Saleh, considera fundamental a realização do lobby uma vez que, segundo ela, “os tempos são péssimos”. Ela considera que os me-lhores projetos para os imigrantes aprovados até agora são o apresentado em conjunto pelas senadores McCain e Kennedy, em favor da legalização de indocumentados, e o defendido pelo presidente Bush, que prevê a criação de um programa de trabalhadores convidados.
Iara Morton considera que uma proposta positiva para os imigrantes seria aquela que, entre outros aspectos, aumentasse as quotas de vistos H1B, reduzida há tempos em um terço, e que também diminuisse de forma significativa os chamados backlogs, que consistem nas filas de espera e análises de processos de patrocínio por parte de empregadores, e de legalização por intermédio familiar, e que vem ocorrendo desde outubro do ano passado. “Existe atualmente uma fila de cinco anos para obtenção do greencard”, observa a advogada.
Ela defende ainda a legalização, por determinado período de tempo, daqueles imigrantes que já estão no país, que sejam pagadores de impostos e que não te-nham antecedentes criminais.
A advogada não tem dúvidas de que os EUA necessitam da mão-de-obra imigrante, motivo pelo qual considera coerente que não seja prejudicada a legalização de trabalhadores através de ofertas de trabalho. “Esse é o país mais rico do mundo e há espaço para todos. Estamos falando do preenchimento de postos de tra-balho que os americanos não querem”, conclui Iara Morton.