Aeromoça peruana detida ao retornar aos EUA é liberada pelo ICE

Por Gazeta News

[caption id="attachment_182217" align="alignleft" width="459"] A aeromoça Selene Saavedra Roman, de 28 anos, foi detida ao retornar aos EUA. Imagem: David Watikns.[/caption] A aeromoça peruana, Selene Saavedra Roman, de 28 anos, que mora nos Estados Unidos sob o benefício da Deferred Action for Childhood Arrivals (Ação Diferida para as Chegadas Infantis) conhecido como DACA, viajou para o México a trabalho, mas foi detida pelas autoridades de imigração ao retornar aos Estados Unidos no dia 12 de fevereiro. Matriculada no programa do governo para os chamados "dreamers", a jovem foi libertada de um centro de detenção em Conroe, no Texas, na última sexta-feira, 22, segundo um comunicado da Immigration and Customs Enforcement (ICE). Nascida no Peru, Roman entrou nos EUA pela fronteira quando criança. Hoje, casada com um cidadão americano, ela ficou preocupada quando a companhia para a qual trabalha, Mesa Airlines, a escalou para um voo internaciona, disse a advogada Belinda Arroyo. A companhia aérea garantiu que não teria problemas, mas ela foi detida pelas autoridades norte-americanas em 12 de fevereiro, assim que desembarcou em Houston, e foi mandada para a detenção, onde permaneceu por mais de cinco semanas, disse Arroyo. Foi preciso força conjunta para que a jovem fosse libertada. O advogado, seu marido, a companhia aérea e uma associação de comissários de bordo exigiram publicamente sua libertação. Em justificativa à detenção da peruana, a Imigração e Alfândega disse que a agência estava verificando o seu status e percebeu que a comissária não tinha um documento válido para entrar no país. Por isso, ela foi detida enquanto passava pelos procedimentos de imigração. Em uma declaração conjunta com a Associação de Comissários de Voo, o diretor executivo da Mesa Airlines, Jonathan Ornstein, pediu desculpas a Saavedra Roman e pediu às autoridades americanas que a libertassem, argumentando que era injusto deter alguém "por algo que não é mais do que um erro administrativo, um mal-entendido", disse. Roman vai comparecer perante um juiz de imigração em abril. Ela estudou na Texas A & M University e o marido recebeu aval do USCIS para entrar com o processo para o green card pelo casamento." Ela não tem antecedentes criminais e há muito paga seus impostos", disse o marido David Watkins. Os Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA - a agência que supervisiona o programa DACA - se recusou a discutir o caso. Mas a agência diz em seu site que os participantes que viajam para fora do país sem um documento especial dando autorização não são mais cobertos pelo programa. De acordo com o site, a agência não emite mais o documento para os inscritos no programa. Criado em 2004 pelo governo Obama, o controverso programa DACA é ponto de discussões dos legisladores americanos e chegou a ser suspenso pela atual administração. Mas juízes federais o mantiveram e, por enquanto, novos pedidos foram interrompidos, mas as renovações continuam para centenas de milhares de imigrantes já matriculados. Em uma declaração, o sindicato que representa Saavedra Roman e seus colegas disseram que o evento "destaca a urgência da reforma e resolução do senso comum de imigração para as crianças americanas que fazem parte da DACA". Com informações da KPRC.