Aeroporto de cidade amazonense completa um mês de fechamento.

Por Gazeta Admininstrator

O aeroporto de Tefé, cidade-pólo da região do Médio Solimões, no Amazonas, está fechado desde o último dia 6 de julho, por decisão da Justiça Federal. O superintendente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) em Tefé, Carlos Pereira Costa, informou nesta segunda-feira (7) que a suspensão de todos os vôos comerciais para o município, exceto os militares, não tem data prevista para terminar.

O motivo do fechamento é o depósito de lixo da cidade, que fica a apenas dois quilômetros do aeroporto. A presença de urubus no local de pouso e decolagem das aeronaves coloca em risco a vida dos passageiros. A distância mínima exigida pela Instrução nº 4 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) é de 20 quilômetros.

A decisão judicial é fruto de um pedido do Ministério Público Federal, que iniciou a ação civil pública a partir de uma denúncia da Infraero. Na sexta-feira (4) houve uma audiência sobre o caso, mas ainda não existem resultados concretos.

“A gente levou provas [fotos e relatórios] de que estamos tomando medidas emergencias para controlar a presença de urubus no local [como enterrar diariamente o lixo]”, informou a advogada da prefeitura de Tefé, Bianca Sestaro. “Mas o 7º Comar [Comando Regional da Aeronáutica] ainda está avaliando essas informações. Há possibilidade de uma nova audiência no Ministério Público Federal nesta semana”.

Tefé, que recebia vôos diários de Manaus – com destino a Tabatinga, na fronteira com a Colômbia - não tem ligação por estrada com a capital, nem com outras cidades pólo. A viagem para Manaus agora pode ser feita apenas por rio, em um percurso de quase três dias – tempo muitas vezes longo demais para emergências médicas, por exemplo.

Com 69,5 mil habitantes, Tefé produz diariamente cerca de duas toneladas de resíduos sólidos. Em maio de 2005, a coleta municipal de lixo ficou interrompida durante 10 dias – também por uma decisão da Justiça Federal, fruto do mesmo processo.

Agência Brasil