O Aeroporto Internacional de Orlando está processando a companhia Uber, pedindo que seus motoristas fiquem longe de sua propriedade e pede uma indenização de $150 mil dólares porque a companhia que compartilha caronas não está pagando nenhum imposto. As informações são do "Orlando Sentinel".
“Existem aproximadamente 600 empresas que operam 7 mil veículos que seguem as regras no aeroporto. Uber não está cumprindo, portanto, a autoridade foi obrigada a mover uma ação judicial”, disse o diretor do Orlando International Airport, Phil Brown.
Oficiais do Uber não comentaram o processo, aberto no dia 14. Doze motoristas do Uber, que já haviam recebido multas, também foram nomeados na ação.
Uber foi processado por agências governamentais e concorrentes em mais de uma dezena de cidades por não seguir as regras sobre veículos de contratação nessas áreas. No início deste mês, Uber parou de servir o Aeroporto Internacional de Pittsburgh após seus motoristas terem recebido multas, de acordo com o "Pittsburgh Post-Gazette".
O Orlando International cobra uma taxa de $50 dólares, $3,15 por meia hora por tempo de permanência e $2,65 para cada passageiro pego. Incluindo taxas de táxis, ônibus e shuttles, o aeroporto recebeu $10,1 milhões de dólares em taxas de veículo de contratação no ano passado.
“Há um custo associado à prestação de serviços de transporte terrestre no Aeroporto Internacional de Orlando”, disse Brown em uma declaração escrita. “Compete ao aeroporto garantir que há igualdade de acesso e tratamento a todos os que pretendam prestar serviços de transporte terrestre”.
Uber e seu rival de compartilhamento de carona, Lyft começaram a operar em Orlando durante o verão, permitindo que as pessoas usassem um aplicativo de smartphone para pegar uma carona – com o pagamento de uma taxa - com motoristas que usam seus veículos pessoais.
A prefeitura considera que as empresas estão violando normas rígidas de táxi em Orlando. Entre outras coisas, a cidade requer licenças para motoristas comerciais e seus veículos, seguros comerciais e verificação de antecedentes.
A cidade tem dado multas e rebocado os carros de motoristas do Uber e Lyft.Ao mesmo tempo, funcionários municipais estão trabalhando em mudanças para uma lei que permitiria que empresas como essas operassem legalmente. Mas para isso, será preciso que motoristas se enquadrem nos requerimentos e paguem uma tarifa mínima.
A proposta iria cair muitos dos requisitos atualmente em vigor, como uma tarifa mínima $35 dólares para o serviço de carro da cidade. No entanto, comissionários da cidade duvidam que as companhias arquem com as mudanças, já que o principal benefício delas é que suas corridas custam aproximadamente 30% a menos do que as de táxi.