África pressiona G8 para perdoar dívidas e aumentar ajuda

Por Gazeta Admininstrator

Com o respaldo de uma onda de boa vontade em nível mundial, a África manteve nesta segunda-feira a pressão sobre os países ricos, enquanto seus líderes se preparam para pedir um comércio mais justo, o perdão da dívida e a luta contra a pobreza.

Uma reunião de 53 nações da União Africana na Líbia prepara uma mensagem para o grupo dos oito países mais industrializados do mundo (G8), que se reunirá nesta semana na Escócia, para resgatar os 800 milhões de habitantes do continente da pobreza, guerras e doenças.

Mais de 40% dos africanos vivem com menos de US$ 1 por dia, 200 milhões estão ameaçados pela escassez de alimentos e a Aids mata mais de 2 milhões ao ano no continente.

Outro objetivo é convencer as nações ricas ocidentais de que os governos africanos estão caminhando para atingir o objetivo da UA: acabar com o despotismo, a guerra e a corrupção para tentar atrair maciços investimentos estrangeiros.

- A mensagem é simples. A mensagem é que o G8 deveria cancelar as dívidas de todos os países africanos. Também deveria aumentar os recursos para o continente africano porque os países ricos se comprometeram há 30 anos a dar ajuda ao desenvolvimento até que igualassem a 0,7% de seu PIB - disse Charles Murigande, ministro das Relações Exteriores de Uganda.

Segundo ele, o compromisso foi assumido há 30 anos e até agora poucos alcançaram esse patamar.

A reunião de cúpula do G8 será presidida pelo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que colocou a África no topo de sua agenda.

Os ativistas dizem que os líderes do G8 têm uma oportunidade única de evitar que 30 mil crianças morram por dia por causa da extrema pobreza e de duplicar a ajuda às nações pobres, especialmente na África.