Agentes são acusados de impedir entrada de imigrantes que buscam asilo nos EUA

Por Gazeta News

fronteira em Nuevo Laredo Texas foto Bob Owen San Antonio Express-News

Um novo relatório do grupo Human Rights First publicado neste mês, apontou novas alegações de funcionários americanos de imigração que estão impedindo a entrada de estrangeiros que chegam à fronteira com o México em busca de asilo por perseguição em seu país.

Segundo a organização, foi feita coleta de informação em vários portos de entrada ao longo da fronteira, que verificou que autoridades de imigração do U.S. Customs and Border Protection (CBP) continuam a bloquear os requerentes de asilo estrangeiros nos Estados Unidos e enviá-los de volta para o México.

O relatório não cita um número específico de rejeições, mas informa que seus pesquisadores relataram 125 casos de indivíduos e famílias que tiveram o acesso negado nos portos de entrada fronteiriços. Os requerentes de asilo entrevistados vieram da Colômbia, Cuba, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Turquia, e foi feita a pesquisa nos portos de entrada no Texas, Arizona e Califórnia.

Se confirmadas as afirmações dos entrevistados no relatório, elas constituem evidência de que alguns oficiais de imigração de fronteiras estão violando a lei dos EUA e os acordos internacionais do país ou simplesmente ignoram esses compromissos. Nos termos da lei de imigração norte-americana e dos acordos internacionais, os Estados Unidos não devem rejeitar os requerentes de asilo nas suas fronteiras, que incluem os portos fronteiriços de entrada e os aeroportos internacionais.

No entanto, as informações publicadas pela organização, alia-se à uma queixa de janeiro da American Immigration Council feita ao Departamento de Segurança Interna (DHS) e outros grupos, que mostram que os funcionários da fronteira americana não receberam alguns estrangeiros ao longo da fronteira com o México. “Os agentes de fronteira afastaram os requerentes de asilo, sem os remeterem para os processos de triagem ou de imigração exigidos nos portos oficiais de entrada da fronteira sul ", diz o relatório. "Em alguns casos, os requerentes de asilo relatam que os agentes do CBP simplesmente ignoraram a solicitação para o pedido de asilo ou suas declarações sobre o temor de retornar, dizendo que eles estavam sendo já deportados e deveriam voltar.”

Numa declaração recente, o CBP insistiu que as políticas de asilo não mudaram. "O CBP não mudou quaisquer políticas que afetam os procedimentos de asilo", disse em comunicado. "Os Estados Unidos há muito aderiram às leis e convenções internacionais que permitem que as pessoas busquem asilo sob a alegação de que estão sendo perseguidas por causa de sua raça, religião, nacionalidade, crenças políticas ou outros fatores".

Funcionários do CBP negaram que seus oficiais de fronteira estão rejeitando os requerentes de asilo, mas não negaram especificamente os casos citados no relatório de Direitos Humanos ou a queixa anterior da AIC.

Com informações do Miami Herald.