Agora homossexuais podem servir no exército sem restrição

Por Gazeta News

A lei que discriminava gays de servirem abertamente no exército foi finalmente repelida no dia 20. O presidente Barack Obama elogiou o fim da política, dizendo que sua extinção oficial marcava um importante passo em direção a cumprir os ideais de fundação do país.

"Hoje a lei discriminatória conhecida como 'Don’t Ask Don’t Tell’ foi finalmente e formalmente repelida", disse Obama em um comunicado divulgado pela Casa Branca. "A partir de hoje, americanos patriotas em uniforme não terão mais que mentir sobre quem são a fim de servir o país que amam."

A revogação entrou em vigor no dia 20, introduzindo uma nova era nas Forças Armadas dos Estados Unidos. A lei permitia que homens e mulheres gays servissem no exército apenas se mantivessem sua orientação sexual em segredo.

Eles corriam o risco de serem expulsos se falassem abertamente sobre sua homossexualidade.

Em dezembro passado, Obama assinou uma legislação para repelir a política conhecida como "Don’t Ask Don’t Tell", que fora aprovada pelo Congresso e virou lei em 1993 sob a presidência de Bill Clinton.

"Nossas Forças Armadas têm sido tanto um espelho quanto um catalisador daquele progresso, e nossos soldados, incluindo gays e lésbicas, deram suas vidas para defender a liberdade e as liberdades que prezamos como americanos", disse Obama.

"Hoje todo americano pode se orgulhar porque tomamos outro grande passo rumo a manter nossas forças armadas as melhores do mundo e rumo a cumprir os ideais de fundação de nossa nação", acrescentou o presidente.

Sob a política "Don’t Ask Don’t Tell", mais de 14.500 pessoas foram expulsas das Forças Armadas desde 1993, segundo a Rede de Defesa Legal dos Membros em Serviço.

Durante anos, grupos de direitos dos gays denunciaram a lei e pediram o seu fim como um importante marco na luta contra a discriminação homossexual.

O Pentágono enviou um memorando destacando que o Departamento de Defesa já havia certificado que o fim da política não prejudicaria a prontidão militar, a coesão da unidade ou o recrutamento e retenção dos membros em serviço.

"A partir de hoje, declarações sobre a orientação sexual ou atos ilícitos de conduta homossexual não serão considerados um impedimento ao serviço militar" ou para a admissão das academias militares e outros programas, escreveu no memorando o subsecretário de Defesa para Pessoal e Preparação Clifforn Stanley.

"Todos os membros de serviço devem tratar uns aos outros com dignidade e respeito, independentemente da orientação sexual", escreveu Stanley, advertindo que "o assédio ou abuso baseados em orientação sexual" não seriam tolerados nas forças armadas.

O Pentágono disse que recrutadores agora estão aceitando pedidos de alistamento de gays.