Agroecologia contra a fome

Por Gazeta Admininstrator

Em todo o mundo há um coro favorável à agricultura orgânica pelo seu respeito ao meio ambiente e qualidade em seus produtos cultivados sem fertilizantes e aditivos químicos. Quando falamos em agroecologia, nos referimos a uma ciência e movimento que busca uma visão mais ampla sobre o cultivo no solo e sua relação com a natureza e a sociedade, tendo como base a reciclagem integral de todos os componentes envolvidos com a produção e consumação agrícola.

A agroecologia é contra o uso de produtos químicos na agricultura e defende a diversidade genética no espaço agrário, conceito não obrigatório nos trabalhos da agricultura orgânica. Segundo a Wikipedia, o termo "agroecologia" foi empregado pela primeira vez em 1928, por meio de uma publicação assinada por Basil Bensin, agrônomo russo.

O amadurecimento dessa ciência teria ocorrido a partir dos anos 1960 e 1970, época de preocupação inicial pela preservação dos recursos naturais. Desde então, tem crescido a preocupação da relação das atividades antropogênicas com o solo, recursos hídricos, fauna, flora e ecossistema, de forma que tais atividades não ocasionassem perdas irreversíveis ao meio ambiente e possibilitassem a segurança alimentar.

Em março de 2011, a ONU divulgou o documento Agroecology and the right to food (Agroecologia e o Direito à Alimentação) como um caminho para incentivar os governos a investirem mais em agroecologia em detrimento dos atuais investimentos em biotecnologias (empregadas, por exemplo, na geração de espécies transgênicas.

Um dos passos propostos pelo documento é conscientizar o fazendeiro a não utilizar combustíveis fósseis em suas máquinas e sistemas de plantação e colheita, fornecendo técnicas e procedimentos sustentáveis de trabalho sobre o solo. Porém, os cientistas que ajudaram na composição do documento assumem que a agroecologia é apenas uma das soluções possíveis, uma solução que deve ser defendida de maneira científica e não ideológica.

No Brasil, em regiões como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, técnicas agroecológicas já estão sendo empregadas nas colheitas. Segundo informações disponibilizadas pela Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, a rápida disseminação de práticas agroecológicas ocorrem graças às atividades de extensão organizadas. Tais atividades, em solo brasileiro, obtiveram uma elevação considerável, de 2.000 atividades anuais no período 2004-2005 para 30.000 anuais no período 2007-2009.