Segundo a FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, os países devem ampliar os incentivos para sistemas de agroflorestas, considerando dados atuais, quase 50% de toda a terra cultivada na Terra possui 10% de árvores. Caso esse percentual seja elevado nos próximos anos, será mais fácil salvar milhares de pessoas da fome, da pobreza e da degradação ambiental.
A agrofloresta permite plantar, criar animais com a presença de árvores nas áreas agrícolas. Segundo a agência da ONU, a agrofloresta é um setor que propicia diferentes tipos de comodities, abrangendo madeira, frutas, carnes, café e até a borracha.
A FAO apresentou, no início de 2013, diversas maneiras como a agrofloresta pode ser integrada às estratégias de empresas e governos para a produção. Um bom exemplo é o de miombo, área florestal cuja cobertura florestal é de 3 milhões km² compartilhados por 11 países da região centro, leste e oeste da África.
Recompensa
A FAO ainda destaca que os agricultores que plantam árvores sem suas propriedades deveriam ser recompensados financeiramente por meio de doações, redução de impostos ou concessão de créditos. Nas Américas, a Costa Rica é um grande modelo de agrofloresta a partir de uma lei nacional de 1996 que estabeleceu fundo de financiamento florestal, com investimentos para plantações, árvores e pecuária.No Brasil, um projeto agroflorestal tem chamado atenção no estado de Rondônia. O projeto existe há mais de 20 anos no município de Nova Califórnia. Nas propriedades de pequenos agricultores, são mantidas atividades extrativistas pelos sistema agroflorestal, na prática, a devastação é evitada e grandes extensões de áreas florestais são mantidas, o que também ajuda a diminuir os efeitos das mudanças climáticas.
Os agricultores investem na produção de espécies típicas da região amazônica, não investem em pecuária e nem em lavoura branca (milho, arroz e feijão), o que preserva o bioma e a vegetação nativa. Essa agrofloresta está situada entre os estados do Acre, Amazonas e Bolívia.
