Água engarrafada ou da torneira?

Por Gazeta Admininstrator

As garrafinhas plásticas de água têm sido, ultimamente, alvo de inúmeras críticas e discussões por parte de pesquisadores. Algumas cidades como Los Angeles, San Francisco e Santa Barbara, entre outras, decidiram, simplesmente suspender a compra de tais garrafinhas com dinheiro público. Alguns restaurantes, mercados e hotéis também decidiram bani-las.

Diante de tanta discussão, alguns consumidores perguntam-se: “A água engarrafada não é mais segura do que a da torneira?”
- A água engarrafada não é mais segura ou mais pura do que aquela que sai da torneira. Na verdade, ela é menos bem regulada, e é mais fácil saber o que vem da torneira”, diz a médica Sarah Janssen, pesquisadora do Natural Resources Defense Council, em San Francisco.
As águas da torneira e engarrafada têm, basicamente, a mesma origem: lagos, nascentes e aquíferos, por exemplo. Uma parcela significativa da água engarrafada encontrada nas prateleiras, é água da torneira, que é filtrada e tratada para ter seu sabor melhorado.
Não é novidadde para ninguém que a água da torneira pode ter um gosto esquisito, por causa do excesso de cloro. Geralmente, no entanto, isso não significa que não é segura para o consumo, segundo afirma Benjamin Grumbles, administrador-assistente da Environmental Protection Agency- EPA (Agência de Proteção ao Meio-Ambiente).

Segundo especialistas da EPA, a grande maioria da água que sai da torneira, em todo o País, atende às exigências de qualidade da Agência, que regula os níveis de cerca de 90 contaminantes, incluindo germes, metais pesados e resíduos químicos industriais.

Diferentes estados enfrentam diferentes problemas de contaminação e os níveis de exigência nacionais não são capazes de cobrir todo tipo de agente que possa ser encontrado nos suprimentos públicos de água. Além disso, é preciso levar em consideração a deterioração dos canos hidráulicos, que podem interferir na qualidade da água consumida.

Há ainda certos tipos de contaminantes que os tratamentos aplicados pelas autoridades públicas não estão preparados para combater como, por exemplo, resíduos de medicamentos que são excretados pelo homem na urina ou fezes, ou que são simplesmente jogados ralo abaixo.

Investigação realizada, este ano, pela Associated Press, revela a existência de resíduos farmacêuticos nos suprimentos de água potável distribuídos para 41 milhões de norte-americanos.