Al-Qaeda ameaça EUA com ataques para ?esquecer? o 11 de setembro

Por Gazeta Admininstrator

A rede terrorista al-Qaeda ameaçou, num novo vídeo, promover novos atentados nos Estados Unidos, que "farão os americanos esquecerem os horrores de 11 de setembro" de 2001, se as suas tropas não se retirarem da "terra do Islã". A nova ameaça, divulgada em um vídeo na internet, foi realizada pelo americano Adam Gadahn, que atua como porta-voz da al-Qaeda e é o primeiro norte-americano acusado de traição desde a época da Segunda Guerra Mundial.

"Vamos continuar atacando duro neste ano, no ano que vem, no ano seguinte e assim por diante, até que o último cruzado vá para casa, ou agitando uma bandeira branca ou deitado num caixão coberto por bandeira", disse o militante. No vídeo, o suposto Gadahn aparece de barba e turbante, exigindo que os Estados Unidos retirem seus "soldados e espiões" de todos os países muçulmanos, e deixe de apoiar Israel "de forma moral, militar ou econômica".

Além disso, insistiu que o presidente George W. Bush deve proibir as viagens de americanos à "terra ocupada da Palestina", libertar os prisioneiros muçulmanos e parar de apoiar os Governos "apóstatas" de países islâmicos.

"Tu e teu povo vereis coisas que farão esquecer os horrores do 11 de setembro, Afeganistão e Iraque, assim como a lição da Virgínia", caso as exigências não sejam cumpridas, avisou o porta-voz. Ele se referiu ao atentado de 16 de abril, em que um estudante sul-coreano matou 31 pessoas antes de se suicidar, numa universidade americana Virginia Tech.

"Se um só soldado ou espião permanecer na terra do Islã, isso será suficiente para que continuemos nosso 'Jihad' (guerra santa) contra vosso país e vosso povo", acrescentou o porta-voz da al-Qaeda. Ele chamou Bush de "o presidente que colocou os EUA na marcha da morte".

Adam Gadahn, oriundo de uma família judaico-cristã, se converteu ao Islã quando tinha 17 anos, também conhecido como "Azam, o americano", é um jovem californiano de 29 anos. No ano passado, foi acusado de traição por um tribunal de Orange County (Califórnia). Os EUA oferecem US$ 1 milhão (R$ 2 milhões) por informações que possam levar à sua detenção. Batizado como Adam Peralman, ele cresceu numa fazenda de criação de cabras nos arredores de Los Angeles.

"Este não é um chamado para negociações. Não vamos negociar com assassinos de bebês e criminosos de guerra como você", disse Gadahn.