Alabama executa preso com alegações de deficiência mental

Por Gazeta News

O prisioneiro Christopher Johnson, 39 anos, foi executado pelo Estado do Alabama, no dia 20, mesmo com alegações de que ele apresentava sinais de deficiência mental - o Supremo Tribunal dos Estados Unidos proíbe a execução de doentes mentais no país. A execução ocorreu na prisão de Holman, em Atmore, segundo informações do jornal “The Guardian”.

Ativistas contrários a sua morte lembraram que Johnson frequentou hospitais psiquiátricos durante a infância e precisava de medicação. No corredor da morte, ele era isolado dos demais presos e tinha um comportamento irregular, chegando inclusive a tentar o suicídio ao engolir papel higiênico e ao bater a cabeça seguidas vezes contra a parede da cela.

Apesar da proibição de execução de doentes mentais, Johnson nunca chegou a ser avaliado para saber se era deficiente mental. Ele insistiu em representar a si mesmo durante partes importantes do julgamento. Christopher foi condenado à morte por matar seu filho de seis meses, em fevereiro de 2005.

Após a sentença, Johnson sempre recusou ofertas de conselho jurídico e não quis apelar da decisão. De acordo com o “Guardian”, estudos acadêmicos mostram que 80% dos presos chamados “voluntários”, que não apresentam resistência contra a própria morte, mostram algum sinal de séria doença mental.

Opositores a sua execução alegam que se tratou de um suicídio assistido, o que é ilegal nos Estados Unidos. Christopher Johnson é a sexta pessoa a ser executada este ano no Alabama, o Estado com a maior taxa de execução per capita no país.