Alberto Fernández e Cristina Kirchner tomam posse na Argentina

Por Gazeta News

Eleito presidente da Argentina no fim de outubro, Alberto Fernández tomou posse formalmente nesta terça-feira, 10, em Buenos Aires, junto com a eleita vice-presidente, Cristina Kirchner. No prédio do Congresso, a primeira a falar foi a vice-presidente do governo de partida, Gabriela Michetti. O novo presidente da Câmara, Sergio Massa, içou uma bandeira argentina e os nomes dos deputados e senadores foram anunciados. Fernández e Cristina Kirchner assinaram um livro de honra e seguiram para a Câmara dos Deputados para serem juramentados por Michetti. Fernández prestou juramento, no qual disse que vai observar a Constituição do país. Foi seguido por Cristina, que também pronunciou as palavras sobre suas obrigações. Fernández então recebeu a faixa e o bastão presidenciais de Macri. Em seu discurso, o presidente empossado lembrou que o dia 10 de dezembro marcou o fim da ditadura –o primeiro presidente civil, Raul Alfonsin, assumiu nessa data de 1983 - e disse que a democracia deve se fazer cada vez mais presente. "As debilidades e insuficiências da democracia só se resolvem com mais democracia", e reivindicou seu compromisso democrático e afirmou que vai respeitar as diferenças e os dissensos. Ele citou os problemas econômicos, como a inflação, a desvalorização do câmbio, a recessão, a queda do PIB per capta, a alta da taxa de pobreza, o número de indigentes, a dívida pública em relação à economia, o nível de produção industrial, o emprego no setor e outros, anunciando que não levarão em conta o orçamento que Macri havia proposto. "Um orçamento adequado só pode ser feito depois de uma negociação da dívida, afirmou. Brasil Fernández falou sobre a relação da Argentina com o Brasil e que pretende construir uma "agenda ambiciosa" entre os dois países. Ele afirmou que a "irmandade" entre os dois países vai além das diferenças de ideologia entre os presidentes da conjuntura e que é preciso fortalecer a América Latina, ressaltando que vai tentar resolver de forma pacífica a questão das Ilhas Malvinas que, de acordo com ele, pertencem a todos os argentinos. Crescimento econômico "O país precisará crescer economicamente para poder honrar seus compromissos com seus credores", acrescentou. Além disso, o presidente eleito realçou a fome como o primeiro problema que vai tentar resolver. "Mais de 15 milhões sofrem de insegurança alimentar e o país é um dos maiores produtores de comida do mundo", disse, e afirmou que "sem pão não há democracia e nem liberdade". Ele também falou que propõe um "novo contrato social", e disse que há uma emergência social no país. O "espírito do momento", é de sobriedade nas palavras e comedimento nos atos, discursou. O novo presidente disse que é preciso superar muros "emocionais" e, em um sinal para diminuir a polarização, disse que é preciso fechar feridas abertas e falou do "sonho de uma Argentina unida", e citou Néstor Kirchner, marido falecido de Cristina. Com informações da Reuters. Relacionada Alberto Fernández vence Macri e é eleito presidente da Argentina no 1º turno