Alberto Fernández vence Macri e é eleito presidente da Argentina no 1º turno

Por Gazeta News

[caption id="attachment_191085" align="alignleft" width="411"] Cristina Kirchner e Alberto Fernández vencem eleição na Argentina. Foto: Agustin Marcarian Reuters.[/caption] O candidato Alberto Fernández, da coalizão Frente de Todos foi eleito novo presidente da Argentina nas eleições deste domingo, 27. Com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice na chapa, ele derrotou o atual mandatário, Mauricio Macri – resultado previsto ainda nas prévias eleitorais de agosto. Assim como países vizinhos, a Argentina passa por um cenário de recessão e turbulências financeiras. Nesta segunda-feira, 28, Fernández irá se encontrar com o atual presidente Mauricio Macri para dialogar sobre a transição de governos. Resultado de primárias na Argentina aumenta o dólar e preocupa Brasil "Me reunirei com ele e começaremos a falar do tempo que resta. Certamente vamos colaborar em tudo que possamos porque o que nos interessa é que os argentinos deixem de sofrer de uma vez por todas", afirmou Fernández, um grande crítico da política econômica de abertura de Macri. "Obrigado por construir uma Argentina mais igualitária, que cuide da saúde e da educação pública, que privilegie os que trabalham. Obrigado também aos que não votaram em nós por participarem desta jornada." Com 97,4% das urnas apuradas, Fernández tinha 48,02% dos votos. Macri, 40,46%. O resultado garantia a vitória para o kirchnerista porque, na Argentina, o candidato vence no primeiro turno se obtiver mais do que 45% dos votos. O presidente eleito ainda homenageou o ex-presidente Néstor Kirchner, morto em 2010 e que governou o país entre 2003 e 2007. Cristina Kirchner também comemorou a vitória. "Hoje Alberto é presidente de todos os argentinos e tem uma imensa tarefa e responsabilidade pela frente, uma tarefa ciclópica, que exigirá esforços inimagináveis, um país arrasado, muito além do marketing, uma tarefa muito difícil que exigirá a ajuda de todos argentinos, quem votou e quem também não votou ", afirmou. Crise na Argentina provoca greve geral e renúncia Os argentinos também elegeram 130 deputados e 24 senadores no Congresso, além de alguns prefeitos e governadores. A coalizão Frente de Todos, de Fernández, ficou com 64 dos 130 assentos para deputados e 13 dos 24 para senadores, enquanto a coalizão de Macri levou 56 cadeiras na Câmara e oito no Senado. Enquanto isso, o Uruguai terá segundo turno na eleição presidencial, informaram pesquisas de boca de urna após a votação deste domingo (27). Pelas projeções, o governista Daniel Martínez disputará o cargo com o oposicionista Luis Lacalle Pou em 24 de novembro. Em um contexto de instabilidade regional, as eleições na Argentina e Uruguai vêm acompanhadas de votação na Bolívia, onde o presidente Evo Morales ganhou, mas está na iminência de um golpe de estado, além de protestos de rua em massa no Chile e no Equador. O presidente da Bolívia, Evo Morales, alertou no último domingo que setores da oposição “preparam um golpe de Estado para esta semana”, enquanto um grupo civil aliado de seu candidato rival Carlos Mesa propôs a anulação das eleições, em meio a uma escalada dos protestos. Com informações do G1 e Reuters.