Alemanha e EUA querem recriar o genoma dos neandertais

Por Gazeta Admininstrator

Pesquisadores alemães e americanos anunciaram ontem um projeto de reconstrução do genoma (conjunto dos genes) dos neandertais. Segundo o Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, a idéia é extrair fragmentos genéticos desses parentes extintos da humanidade, de forma a completar o mapa de seu DNA. Pedaços de material genético das criaturas já foram obtidos e analisados antes por Svante Päabo, um dos coordenadores do projeto.

O geneticista americano Edward Rubin, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley (Califórnia), também participará do trabalho. Rubin revelou há algumas semanas um método mais eficiente para extrair DNA de fósseis, o que deve facilitar, em parte, a tarefa da equipe. Em entrevista ao jornal alemão "Die Zeit", o geneticista afirmou: "Em primeiro lugar, descobriremos muito sobre os neandertais. Depois, também aprenderemos muita coisa sobre as características únicas dos seres humanos. E também será muito legal".

Considerados pela maioria dos pesquisadores uma espécie separada, os neandertais habitaram a Europa durante quase 200 mil anos, sobrevivendo a duras condições de frio. Eles desapareceram pouco depois da chegada dos humanos modernos ao continente, há cerca de 40 mil anos.