Alemanha quer proibir o uso da burca e combater à "sociedade paralela"

Por Daniel Galvão

[caption id="attachment_70694" align="alignleft" width="300"] Angela Merkel, chanceler alemã.[/caption] Angela Merkel discursou no congresso da União Democrata-Cristã (CDU, centro-direita)) em que é novamente candidata à liderança, apresentando as linhas gerais da sua estratégia para contrariar o populismo. O ponto mais polêmico e enérgico defendido pela chanceler alemã foi a proibição do uso de burca (véu que cobre o rosto das mulheres muçulmanas) em qualquer lugar que seja legalmente possível. Ela criticou os populistas que exploram os receios associados ao acolhimento de milhares de refugiados também, mas não deixou de assumir uma linha dura sobre imigração. Merkel prometeu que não se vão repetir os números recorde de entrada de refugiados na Alemanha de 2015. Segundo ela, cada pedido de asilo será aprofundadamente analisado e que "nem todos podem ficar". A chanceler enfatizou ainda que "não serão toleradas sociedades paralelas", numa alusão à necessidade de correta integração de migrantes e refugiados na sociedade alemã. Merkel considerou que as eleições de 2017 na Alemanha "não vão ser um passeio", porque o país está dividido, mas pediu aos alemães que "desconfiem das respostas fáceis".