Aliado de Cheney será julgado após eleições nos EUA

Por Gazeta Admininstrator

Um juiz dos Estados Unidos marcou para o ano que vem o julgamento de um alto funcionário da Casa Branca que responde a acusações ligadas à revelação da identidade de uma agente da CIA, o serviço secreto americano.
A seleção do júri que vai decidir o futuro de Lewis Libby, ex-assessor do vice-presidente Dick Cheney, começa no dia 8 de janeiro de 2007, fazendo com que o processo ocorra depois das eleições de novembro próximo no país.

O atraso foi motivado pelo comprometimento do advogado de defesa com outro julgamento.

A identidade de Valerie Plame vazou em 2003. O marido dela, um ex-diplomata, criticou a política do governo americano para o Iraque.

Negativa

O juiz Reggie Walton disse em Washington que esperava iniciar o julgamento em setembro, mas o advogado de defesa Theodore Wells está ocupado com outro caso.

"Eu odeio ficar com um caso pendente por tanto tempo, mas acho que não há alternativa", afirmou Walton.

Libby nega cinco acusações ligadas a perjúrio, declarações falsas e obstrução da Justiça.

A identidade de Plame foi revelada em uma coluna do jornalista Robert Novak em julho de 2003.

Críticos do governo de George W. Bush afirmam que a informação foi vazada por altos funcionários do governo como punição a seu marido, o ex-diplomata Joseph Wilson.

O ex-diplomata havia criticado as razões do governo Bush para iniciar uma guerra com o Iraque.

Libby limitou-se a confirmar que aceitava a data do julgamento na audiência de 45 minutos desta sexta-feira.

O julgamento deverá durar um mês.

O assessor do presidente George W. Bush, Karl Rove, ainda está sob investigação por suposto envolvimento no caso.