Aliança pela Amazônia quer reduzir emissões de CO2 e conservar aldeias

Por Gazeta News

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As áreas protegidas da Amazônia representaram 37% da redução de emissões de carbono no mundo entre 1995 e 2005 e, diante dessa realidade, uma nova estratégia de conservação das terras indígenas da Amazônia começou a ser definida durante o Congresso Mundial da Natureza. O evento, iniciado no dia 11, vai até o próximo dia 15, na Ilha Jeju, na Coreia do Sul.

De acordo com informações do “G1”, a proposta resulta de uma aliança entre a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), que promove o congresso a cada quatro anos, a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônia (Coica) e a organização não-governamental WWF.

Segundo Claudio Maretti, integrante da comissão de especialistas em áreas protegidas e funcionário do WWF Brasil, a aliança pretende divulgar a importância das terras indígenas da Amazônia para a redução das emissões de carbono e a conservação da biodiversidade, bem como oferecer ajuda na gestão de seus recursos naturais.

“Hoje conseguimos que as terras indígenas fossem reconhecidas como espaço de conservação. Isso significa reconhecer o serviço que os indígenas prestam a nós, no sentido de melhorar o clima e proteger a biodiversidade, e ajudá-los com recursos para proteger suas terras”, disse Maretti ao “G1”.

O grupo também vai estruturar planos para garantir a longevidade das terras, chamados “planos de vida”.

Conforme Maretti, “desde que o mundo começou a tratar a questão da mudança climática, na Rio 92 (Conferência da ONU sobre ambiente e desenvolvimento), o maior resultado da redução de emissões é o da Amazônia. Isso prova que as áreas protegidas oferecem um serviço ao mundo”.

Na Amazônia brasileira, 23% da área está protegida em parques e reservas e outros 22% em terras indígenas, informa Maretti. Com os parques mais as terras indígenas juntos temos a chance de proteger a Amazônia”, conclui.