Alimentação no combate ao câncer (Parte 3) - Saúde & Bem-Estar

Por Poliane Novaes

copo

Parte III– Leite e derivados De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, quase 40% da alimentação do norte-americano comum consiste de leite e lacticínios. Existe, atualmente, uma grande discussão em torno do consumo do leite de vaca e derivados. Esse leite é rico em vitamina B2, biotina, sendo o leite integral, rico em vitaminas A e D, representaando ainda para muitos a principal fonte de cálcio.

Embora o leite seja considerado por muitos inofencivo e um alimento completo em termos de oferta proteica e de cálcio, é importante nos atentarmos às mudanças que o mesmo vêm sofrendo com o tempo. Uma delas tem sido em relação aos hormônios que a vaca tem recebido para engordar para o abate (Estradiol e  Zeranol, que passam para o leite e têm tido comprovação  da relação direta com aparecimento de tumores) e hormônio para aumentar sua produção de leite (rBGH, que aumenta a produção de leite em cerca de 11%, em alguns casos em até 40%. Na vaca, aumenta a produção de IGF, que é um acelerador do crescimento de células adiposas e tumores cancerosos; em humanos ainda os estudos não são conclusivos sobre seu efeito). Além dos hormônios, o confinamento faz com que elas comam apenas rações que contêm pesticidas, o que infelizmente chegam ao leite. Os malefícios citados estão ligados diretamente ao despertar células cangerígenas ou, se já existentes, agem como verdadeiros adubos, acelerando seu crescimento.

Há estudos que a indústria de laticínios se recusa a divulgar - provas mantidas em segredo, mais importantes do que aquelas que a indústria de cigarros acabou revelando.  Outros problemas de saúde estão sendo relacionados ao consumo de leite e derivados, um deles é a intolerância à lactose, onde 70% da população, hoje, apresenta algum nível de intolerância e muitas vezes não sabem. O que causa a intolerância à lactose é a redução da atividade da enzima lactase, responsável por hidrolisar a lactose, carboidrato (açúcar) presente no leite. Normalmente, o ser humano perde a atividade da lactose no intestino delgado entre a idade de um ano e meio e quatro anos. Este é um acontecimento totalmente normal no processo de maturidade tanto de homens como de outros mamíferos.

Quando convertemos o leite em iogurte, muito da lactose é convertido em glicose ou galactose. De uma forma parecida, quando o queijo é curado, muito da lactose se converte em açúcar. É por isto que estes produtos são tolerados por pessoas que não toleram o leite. Os sintomas comuns da intolerância à lactose são distensão abdominal, irritação intestinal, flatulência (gases), má-digestão, diarreia, náuseas e dores abdominais. Além da intolerância à lactose,  muitos possuem dificuldade na digestão do leite - sendo ele pasteurizado (processo que mata bactérias potencialmente nocivas), as proteínas e enzimas são destruídas durante no processo, o que provoca um bloqueio no nosso sistema de enzimas. Orientações Nutricionais 1)  Se consumir leite de vaca e derivados, SEMPRE dê preferência aos orgânicos; 2)  Se você apresenta problemas gástricos, se é alérgico à proteina do leite (caseína) ou intolerante à lactose, consuma leite vegetal (Coconut Milk, Almond Milk, Rice Milk e Cashews Milk). Eles possuem cálcio, não na mesma proporção do leite de vaca, mas associado ao restante da sua dieta do dia, terá a quantidade de cálcio que precisa. Particularmente, como nutricionista, prefiro orientar a substituição do leite de vaca por leites vegetais, tomar iogurtes fermentados em casa (Kefir), queijos orgânicos como alternativa e não como regra, pois muitos estudos ainda estão sendo feitos em relação ao leite.

Muitos acham que seria impossível obtenção do cálcio sem o consumo de leite e derivados, mas existem várias alternativas para obtenção do cálcio que muitos habitualmente procuram no leite, que são: folhas escuras, brócolis, amêndoas, gergelim, nozes, dentre outros.