Alimentação no combate ao câncer (Parte II) - Saúde & Bem-Estar

Por Poliane Novaes

Donuts

As mudanças nos hábitos alimentares são primordial no combate ao câncer. Dependendo do estágio em que o mesmo se encontra, uma mudança drástica, sem direito a dias de excessões, será necessário.

Estudos revelam que 56% das calorias que ingerimos, hoje, provêm de 3 fontes que não existiam no momento que nossos genes se desenvolveram: açúcares refinados, farinha branca e o óleo vegetal.

A farinha branca e o açúcar branco, muito utilizados na indústria alimentícia, passam por processos químicos e ainda não possuem fibras alimentares, o que faz com que sejam rapidamente lançados na corrente sanguínea como glicose, fazendo com que muita insulina seja liberada (pico insulínico, o hiperinsulinemia).

Foi Heuson, em 1967, que observou pela primeira vez que a insulina aumenta a proliferação do carcinoma em ratos.

No mesmo ano, Osborne, em culturas de células, demonstrou o papel regulador da insulina na proliferação do câncer humano.

A partir de 1991, Cersosimo e outros autores vêm documentando o relevante papel da hiperinsulinemia e da resistência à insulina em vários tipos de câncer humano (Cersosimo-1991, Makino–1998, Yoshikawa–1999, Noguchi–1998,1999).

Na literatura médica, a cada dia aparecem mais evidências que a hiperinsulinemia aumenta a probabilidade do paciente apresentar câncer em várias localizações.

Os óleos vegetais se oxidam com extrema facilidade sob calor e geram em temperaturas elevadas as danosas gorduras tipo “trans”, que nos oferecem, a partir daí, grande quantidade de radicais livres (alguns óleos se oxidam na própria extração, já que muitos óleos são obtidos “a quente”, ou seja, sofrem altas temperaturas quando são obtidos das plantas que lhe dão origem). Essa gordura trans atualmente tem sido encontrada com abundância em alimentos industrializados. O óleo vegetal está relacionado ao aparecimento de diversos tipos de tumores, isso se deve a sua alta reatividade com moléculas proteicas do DNA e RNA, alterando de forma substancial o funcionamento celular básico.

Sabendo que esses 3 elementos são tão prejudiciais à saúde, verdadeiros adubos para tumores existentes , uns dos responsáveis nos dias de hoje pelo aparecimento do mesmo, uma mudança de hábitos é necessária, para que consigamos vencer esta batalha e diminuir estatísticas.

Segue adiante estratégias nutricionais para auxílio no combate ao câncer ou prevenção contra o mesmo:

1) Troque o óleo vegetal por azeite de oliva extra virgem ou óleo de côco, que pode ser usado para fritar ou como substituto em receitas, diferente do azeite, que libera toxinas quando elevado a altas temperaturas; Analise a tabela nutricional dos alimentos. Escolha aqueles que possuem menos gordura e 0g gordura saturada.

2) Elimine da sua dieta o açúcar branco Os demais açúcares são mais saudáveis (mascavo, mel, demerara, etc), porém também provocam picos insulinicos, por isso, prefira adoçantes (um dos únicos adoçantes que pode ser consumidos sem preocupações é o stevia, até gestantes podem consumir, por ser mais natural). Analise a tabela nutricional dos alimentos (escolha aqueles que não possuam açúcar adicionado (Sugar = 0g). Para quem não está em tratamento, procure não comprar nada que ultrapasse 8g de açúcar (descrito na tabela de informação nutricional).

3) Elimine a farinha branca Consuma apenas integrais (farinha branca apenas em dias de excessões (quem está em tratamento, procure não ter excessões). Analise a tabela nutricional dos alimentos - fonte de carboidrato. Compre apenas os que tiverem 3g ou mais de fibras a porção.

4) Cuidado com os alimentos sem glúten Embora não sejam fabricados com a farinha branca, a maioria não possui fibra alimentar, tendo seu índice glicêmico elevado, como a tapioca, por exemplo. Se consumida, adicione 1 colher de semente de chia, que possui 4g de fibras, para evitar que a mesma leve-o à hiperinsulinemia.