Alta da gasolina e baixa da aprovação de Bush.

Por Gazeta Admininstrator

O presidente norte-americano George W. Bush dá mais valor a lealdade do que a capacidade. Para seus críticos mais beligerantes, inclusive alguns generais da reserva, a o maior exemplo é a continuação de Donald Rumsfeld como secretário de Defesa, apesar de sua condução da guerra no Iraque.

O George Bush combate a uma reforma ministerial mais intensa.

Nas últimas semanas, Bush revirou mobília governamental, mudando peças de posição. Mas uma aquisição expressiva ocorreu na operação de comunicação com a escolha de Tony Snow, um renomado comentarista de rádio e televisão, selecionado a ser o novo porta-voz de Bush.

A nomeação de Snow foge ao comum. Apesar ser um conservador de carteirinha, ele nunca bateu continência automaticamente para Bush. Nos comentários na mídia, deu provas de independência e senso crítico. Sua escolha indica um gesto arrojado ou de desespero da parte de um governo que, segundo com o que Snow disse certa vez no ar, está sem rumo.

Joshua Bolten, o novo chefe da Casa Civil, designado a revitalizar o desempenho do governo, confia que o agressivo e articulado Snow possa arrumar a máquina de comunicação assim como a imagem do presidente. O eventual êxito de Snow será uma façanha.

As pesquisas de opinião demostram uma sistemática queda da taxa de aprovação de Bush. Agora no final do mês de abril a taxa está em torno de 35 pontos. Em alguns casos, 32.

O desencanto dos cidadãos norte-americanos com o Iraque parece irreversível. Esta semana, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e Rumsfeld foram enviados à Bagdá, em uma viagem de surpresa, para um endosso de alta visibilidade de Nuri Kamal al Maliki, o primeiro-ministro recém-indicado.

A viagem também mostrou que a Casa Branca possui uma esperança de que um novo e permanente governo iraquiano reverta semanas de más notícias que levaram o apoio doméstico à guerra para o seu nível mais baixo e alimentaram o contínuo desgaste de Bush.

Para a azucrinação da Casa Branca, os constantes aumentos dos preços dos combustíveis nos últimos dias precipitam o descontentamento popular. E esta alta da gasolina ajuda a esclarecer um paradoxo: a seis meses das eleições para o Congresso, os americanos estão pessimistas, embora o cenário econômico seja decente.