Americano é condenado à prisão perpétua por deixar filho no carro

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_131997" align="alignleft" width="300"] Pesou para o acusado as pesquisas na internet sobre morte de animais dentro de carros e como se livrar de filhos. Foto: Reuters - Kelly Huff /Pool[/caption]

O americano Justin Ross Harris, de 36 anos, nascido na Geórgia, foi condenado à prisão perpétua, sem opção de recorrer à liberdade condicional, por ter deixado o filho dentro de um carro sob um sol intenso, o que provocou a morte da criança.

O acusado alegou que esqueceu de levar o filho para a creche em 18 de junho de 2014 e que só percebeu que o havia deixado em sua cadeirinha minutos depois de deixar o trabalho.

Os promotores, no entanto, afirmaram durante o julgamento que o acusado queria ficar livre de qualquer responsabilidade familiar, e que Chuck Boring, Harris deixou o bebê de 22 meses de forma proposital para que morresse.

A acusação descobriu que, enquanto a criança estava trancada no carro, Harris enviava mensagens com teor sexual em seu escritório.

A investigação do caso descobriu ainda que Harris havia pesquisado na internet maneiras de viver sem filhos e como sobreviver na prisão, além de assistir vídeos de animais que morrem trancados em veículos expostos ao sol.

O caso deu uma guinada inesperada quando um detetive revelou que o acusado enviou mensagens de conteúdo sexual para seis mulheres, uma delas de 17 anos, enquanto o filho estava preso no carro.

O júri o declarou culpado de homicídio doloso, crueldade e exploração de menores, há três semanas.

A juíza da Corte Suprema do condado de Cobb, Mary Staley Clark, anunciou a pena de prisão perpétua, além de 32 anos adicionais na cadeia por outros crimes.

"As provas apresentadas durante o julgamento e o veredicto do júri dizem tudo, basicamente", afirmou o promotor Boring.

"As provas mostraram que o acusado se deixou levar pelo egoísmo e cometeu um ato indescritível contra seu próprio sangue", completou.

Harris permaneceu calado durante a audiência de leitura de sua condenação.

O advogado de defesa, Maddox Kilgore, afirmou que pretende apresentar um recurso para solicitar um novo julgamento.

Fonte: CNN.