Americanos voltam ao isolacionismo do fim da Guerra Fria

Por Gazeta Admininstrator

O número de americanos que acreditam que os Estados Unidos deveriam cuidar de seus próprios negócios em vez de se envolver em questões internacionais alcançou níveis inéditos desde o fim da Guerra Fria, mais de uma década atrás, segundo a mais recente rodada de uma pesquisa que é realizada de quatro em quatro anos.

A sondagem do Pew Research Center mostrou que 42% dos entrevistados acham que os EUA deveriam "cuidar de seus próprios assuntos" - contra 30% que tinham este sentimento em 2002. A porcentagem é comparável à de meados da década de 1970, depois do Vietnã, e do começo dos anos 1990, depois do fim da Guerra Fria. Também, líderes de opinião de vários setores da sociedade estão menos inclinados a apoiar uma ação de liderança mais agressiva dos EUA frente a outras nações. Analistas atribuem a mudança de atitude à guerra no Iraque.

"O que é notável é a tendência comum, tanto dos líderes de opinião favorecendo um papel menos agressivo dos EUA quanto a visão pública de isolacionismo", disse Andrew Kohut, diretor do Pew. "Este período particular marca a transição da era pós-11 de setembro". Depois dos ataques terroristas em Nova York e Washington, a atenção pública voltou-se intensamente para questões internacionais, e os americanos preocupavam-se com a segurança nacional e a defesa contra terroristas.

A pesquisa entre 2.006 adultos realizada de 12 a 24 de outubro também mostrou que tanto os líderes de opinião quanto o público em geral estão inclinados a ver a China como um potencial problema, mas não como um adversário dos EUA. Na verdade, líderes de opinião vêem a China como um potencial aliado no futuro.