Amigo de atiradores da Califórnia tem fiança negada

Por Gazeta News

O homem que comprou os riffles de assalto usados pelo seu amigo no massacre de San Bernardino, na Califórnia, no dia 2 de dezembro, teve o direito de fiança negado pelo juiz federal da Califórnia, David T. Bristow, no dia 21. Ele é acusado de uma série de crimes, entre eles conspiração para o terrorismo e pode pegar décadas de prisão.

Enrique Márquez já teria planejado atentados junto a Syed Farook em 2011 e 2012. Márquez, 24 anos, é a primeira pessoa indiciada por conta da chacina que matou 14 pessoas e é investigado como terrorista.

Ele se converteu ao Islã em 2007 e era próximo do casal, que morreu em confronto com a polícia. O suspeito admitiu ter planejado dois ataques com Farook há cerca de quatro anos, mas contou que os dois desistiram de levar adiante os atentados por medo de serem presos.

“Não há evidências de que Márquez participou ou sabia do ataque de dezembro, mas sua compra de armas e o fato de esconder das autoridades as intenções de Farook tiveram consequências fatais”, disse a promotora Eileen M. Decker, em comunicado.

Farook e Márquez discutiam ensinamentos radicais de Anwar al-Awlaki, pregador que ficou marcado pela al-Qaeda. Em 2011, Farook admitiu ao amigo que gostaria de se juntar à al-Qaeda. Eles chegaram a cogitar um ataque à universidade onde estudaram juntos. Outro alvo seria a Rodovia 91, importante estrada da região. Eles pretendiam atacar o local na hora do rush com bombas feitas a partir de canos, segundo os investigadores.

Márquez também é acusado de se casar com uma parente de Farook em troca de dinheiro para que ela conseguisse status legal de residente no país.

Farook e a mulher, Tashfeen Malik, tinham tendências radicais. Ela chegou a jurar lealdade ao Estado Islâmico através do Facebook momentos antes do ataque.