Antônio Ermírio de Moraes ajudou a formar o maior conglomerado industrial do Brasil, o qual comandou por décadas, até que em 2001 foi diagnosticado com Alzheimer, deixou o conselho da companhia e raramente era visto em público. Depois de enfrentar a doença por mais de uma década, ele faleceu no domingo, 24, aos 86 anos, em casa, por insuficiência cardíaca.
Ermírio de Moraes possuía aproximadamente 25% do Grupo Votorantim. O grupo industrial detém a maior produção de cimento e alumínio do Brasil, uma operação considerável de mineração e siderurgia, a maior produtora mundial de celulose e um grupo financeiro que controla o décimo maior banco do Brasil em ativos, entre outros negócios.
A biografia escrita pelo amigo de longa data José Pastore definia Antônio Ermírio de Moraes como um homem com a visão e a tenacidade necessárias para implementar a disciplina de negócios em um ambiente difícil.
Por ter como sua marca registrada a capacidade de prever oportunidades de negócios ambiciosos e executar grandes projetos, Ermírio de Moraes foi amplamente respeitado no Brasil por seu estilo de vida humilde e envolvimento em áreas tão diversas como a filantropia, a política e o teatro. Ele patrocinou a criação de um dos maiores hospitais de São Paulo, o Beneficência Portuguesa, onde visitava a sala de emergência sem avisar para se certificar de que o atendimento era rápido.
O engenheiro metalúrgico deixa a esposa, Dona Maria Regina Costa de Moraes, com quem teve nove filhos.
As informações são da “Reuters”.