Ao visitar a filha em Miami, brasileira sofre fratura e descobre câncer já avançado

Por Gazeta News

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Todo mês de maio, a carioca Marta Peixoto, de 67 anos, vem para Miami visitar a filha e a neta de cinco anos, onde passa um mês. Dessa vez, sua estadia está sendo estendida por tempo indeterminado. Uma queda que lhe fraturou a costela e o pé acabou no pior dos diagnósticos: um câncer já em metástase.

“O médico pediu o raio-X, viu uma mancha, fez tomografia e mandou fazer uma biópsia. Descobrimos que era maligno”, conta Fernanda Siqueira, a única filha de Marta. “Ela não tem ninguém, também é filha única, separada e só tem a mim”.

Como veio como turista, Marta, que é aposentada pela Varig, não tem seguro saúde nos Estados Unidos. O Jackson Memorial Hospital indicou uma clínica particular para iniciar as sessões de radioterapia para o câncer no cérebro. No dia 4 de junho, Marta iniciou o tratamento e os efeitos colaterais fizeram com que Fernanda chamasse o 911 naquela noite. Desde então, sua mãe está internada no Mount Sinai Hospital, em Miami, onde recebe o tratamento de radiação. “É incrível, na noite anterior, antes de ela começar o tratamento, nós saímos para jantar e ela estava bem”.

Amigos de Fernanda e de Marta abriram uma conta on-line no site “Give Forward”, para arrecadar doações para as contas hospitalares. De acordo com sua filha, o orçamento de 12 dias de radiação era de $7 mil dólares. Depois, ela deve começar pelo menos seis sessões de quimioterapia, que custa $400 dólares, cada. “Esse era o orçamento  antes da internação, onde ela ficou na CTI por alguns dias. A conta vem depois. Imagino que será o valor de uma casa”, preocupa-se Fernanda. “O câncer começou no pulmão, foi para outros órgãos e já atingiu a cabeça. O tratamento agora é para ela aguentar, não para curar. Já deram para ela de seis meses a dois anos de vida”.

De acordo com Fernanda, os médicos inicialmente disseram que sua mãe teria alta no início da semana, mas ela continua muito fragilizada por não estar comendo e pela radiação. Depois da alta, futuras internações ficam ainda mais incertas, já que o Jackson não atende turistas sem seguro, disse Fernanda. “Minha mãe sempre fumou e por isso o câncer começou no pulmão. Ela parou de fumar quando recebeu o diagnóstico”, disse Fernanda. “Mas acho que ela parou de fumar tarde demais”. Ajuda Amigos conseguiram a doação de uma cadeira de rodas para Marta, que deverá ser útil quando ela tiver alta do hospital.

Doações podem ser feitas através do site www.giveforward.com e o título da campanha é “Brasileira com câncer”. A meta é arrecadar $12 mil dólares até 3 de outubro.