Apesar das promessas de Trump, “dreamers” não se sentem protegidos

Por Gazeta News

Jovens imigrantes que vivem nos Estados Unidos legalmente sob o DACA - Deferred Action for Childhood Arrivals - até então protegidos da deportação pela ação executiva, não se sentem mais tranquilos.

Mesmo com o presidente Donald Trump afirmando que não irá prejudicá-los e nem que acabará de vez com o programa criado por Obama, os jovens “dreamers” não estão tão confiantes nisso.

A promessa de Trump é de que os quase 800 mil jovens trazidos para os EUA quando crianças e inscritos no programa podem ficar tranquilos, pois não são o alvo da sua política imigratória.

Mesmo que não concorde, ele entende que os jovens estudam e trabalham e dessa forma ajudam no desenvolvimento do país e já garantiu em discursos que sua administração está voltada para a deportação de imigrantes criminosos e não deles, que contribuem com o país.

Em fala na última sexta-feira, 21, Trump afirmou que "o que os dreamers podem ouvir é que eles podem descansar, podem ficar tranquilos”, salientou.

Esta foi a última declaração de Trump expressando o apoio aos imigrantes no programa, mesmo que sua administração em geral esteja fechando o cerco sobre a imigração ilegal no país.Desde o início do seu governo, autoridades dos EUA prometeram acelerar e ampliar as deportações e ameaçaram os governos locais que não cooperarem com os agentes federais de imigração.

O “pé atrás” dos dreamers com o governo Trump aumentou depois do caso de Juan Manuel Montes, um jovem de 23 anos cujos advogados dizem ser a primeira pessoa inscrita no programa que foi deportado. Depois de inicialmente negar que o jovem estava coberto pelo programa, as autoridades federais disseram que Montes tinha violado as condições do programa e por isso realizaram a deportação.

Trump permanece ainda sem realizar alterações no programa de Obama. Antes de sua posse em janeiro, ele disse que as pessoas protegidas sob o DACA "acabariam sendo muito feliz." Um mês depois, ele considerou difícil de mexer com o programa por gostar dos jovens e “é uma decisão para ser pensada com o coração”, ressaltou.

Com informações da Associated Press.