Após 16 anos, chavismo é derrotado na Venezuela

Por Gazeta News

Capriles: “A Venezuela venceu. É irreversível". Foto: Diego Di Marcantonio/Flickr
[caption id="attachment_100760" align="alignleft" width="300"] Capriles: “A Venezuela venceu. É irreversível". Foto: Diego Di Marcantonio/Flickr[/caption]

A oposição na Venezuela conquistou a maioria das cadeiras na Assembleia Nacional, revertendo quase duas décadas de domínio dos socialistas (desde 1999, com a primeira eleição de Hugo Chávez) representados pelo presidente Nicolás Maduro.

Cinco horas após o fechamento do pleito, com 96% das urnas apuradas, o Conselho Nacional Eleitoral, órgão responsável pela apuração dos votos, anunciou que a oposição ganhou 99 das 167 cadeiras do Parlamento do país.

Os socialistas, por sua vez, ficaram com 46 cadeiras. Outras 22 ainda vão ser definidas.

Maduro admitiu a derrota, afirmando que seu partido reconheceu "os resultados adversos".

A aliança da oposição, formada por partidos conservadores e de centro, diz estar confiante de que vai obter 112 cadeiras depois de 17 anos de governo socialista.

De acordo com opositores, se confirmada a hipótese, seria possível aprovar leis que permitiriam a libertação de prisioneiros políticos e reverter, por exemplo, indicações do Judiciário feitas pelo governo atual.

"Os resultados são como esperávamos. A Venezuela venceu. É irreversível", tuitou Henrique Capriles, principal figura da oposição e ex-candidato à presidência.

Apesar da derrota, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que governa o país, ainda deve manter forte representatividade no cenário político, já que controla muitos municípios.

As eleições foram amplamente vistas como um referendo antecipado para Maduro, o sucessor de Hugo Chávez (1954-2013), e as políticas socialistas do partido.

A oposição acusou o PSUV de destruir a economia e esbanjar as riquezas de petróleo do país.

Fonte: BBC Brasil.