Após morte de americana, aumenta a pressão sobre cidades consideradas “santuários” para imigrantes

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_90456" align="alignleft" width="300"] São Francisco virou centro do debate depois que um imigrante indocumentado acusado de matar americana em um píer não foi encaminhado para a imigração.[/caption]

Sob o testemunho de um pai angustiado pela morte da filha, o Congresso se debruçou sobre um debate fervoroso a respeito da imigração, no dia 21, enquanto membros do Partido Republicano prometeram acabar com verbas para cidades chamadas de “santuários”, como São Francisco, que protegem imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos da deportação. Grupos de apoio a imigrantes denunciaram esse approach, acusando republicanos de seguir o candidato presidencial Donald Trump na ‘demonização’ dos latinos.

Mas, depois que Kathryn Steinle, de 32 anos, foi morta por um tiro este mês, por supostamente um imigrante indocumentado com antecedentes criminais, mesmo alguns democratas estão pedindo mais ação para conectar as leis locais e federais com os policiais que deixaram este homem permanecer nas ruas.

“Temos certeza que uma lei deveria ser discutida ou mudada para tirar esses imigrantes indocumentados com antecedentes criminais de nossas ruas para sempre”, disse o pai de Katryn, Jim Steinle, que estava com sua filha em plena luz do dia no popular Píer 14, em São Francisco, quando ela levou um tiro fatal. “Sentimos que se a lei de Kate salvar uma filha, um filho, uma mãe, um pai, a morte de Kate não terá sido em vão”.

Jim contou, diante do Comitê Judiciário do Senado, que andava de mãos dadas com a filha quando ela levou um tiro. Suas últimas palavras foram “Pai, me ajude”. “Essas foram as últimas palavras que ouvi de minha filha. Ficaríamos orgulhosos em ver o nome de Kate associado com uma nova legislação”, disse Jim.

O suspeito, Juan Francisco Lopez Sanchez, já teve várias condenações e já foi deportado cinco vezes para seu país de origem, o México. Autoridades de São Francisco o haviam liberado em março, ignorando o pedido de autoridades de imigração de mantê-lo preso por envolvimento com drogas.

São Francisco está entre centenas de jurisdições em todo o país que se negam a honrar pedidos federais da imigração, ou “detainers”, que conseguiram desafiar a lei nas cortes, alegando que ela pode ser injusta, colocando em processo de deportação imigrantes que não cometeram nenhum crime ou somente alguma infração.

A Câmara vai votar esta semana em uma legislação criada pelo republicano Duncan Hunter, R-Califórnia, que pretende cortar dois tipos de verba para departamentos de polícia locais de cidades que não cooperam com autoridades federais de imigração e cortará o reembolso dos custos para prender imigrantes indocumentados que cometem crimes. O presidente do Comitê Judiciário, Chuch Grassley, R-Iowa, anunciou no dia 21 que também estava criando um projeto de lei para cortar verbas federais para “sanctuary cities”, além de exigir uma sentença mandatória de 5 anos de prisão para imigrantes que entram novamente no país ilegalmente depois de serem deportados. Fonte: AP.