Após ter tese recusada por nazistas, judia de 102 anos é aprovada em doutorado

Por Gazeta News

Aos 102 anos, quase oito décadas após ser impedida de defender sua tese de doutorado pelos nazistas, Ingeborg Syllm-Rapoport se tornou a pessoa mais velha a receber o título de PhD na Alemanha. Filha de pai protestante e mãe judia, a neonatologista - especialista no cuidado de recém-nascidos - completou o estágio final de seu estudo no mês passado, ao passar em um exame oral, e recebeu seu diploma em uma cerimônia na Universidade de Hamburgo no dia 9.

Depois que tomaram o controle da Alemanha em 1933, os nazistas passaram a expulsar todos os judeus de suas universidades e escolas, além de proibir que exercessem muitas profissões. Em seu discurso, Ingeborg contou que todo o esforço empregado para obter o diploma em sua idade avançada foi pelas outras pessoas que sofreram a injustiça durante o período do Terceiro Reich.  “Para mim, pessoalmente, o diploma não significou nada, mas apoiar a grande causa de ficar a par com a história - eu queria fazer parte disso”, contou ela, que emigrou para os EUA no mesmo ano em que teve seu doutorado recusado.