Aposentadoria de 77 milhões de americanos

Por Gazeta Admininstrator

Os Estados Unidos vão enfrentar uma severa carência de trabalhadores em um futuro próximo. A afirmação é do presidente e CEO da Câmara de Comércio, Thomas Donohue, que defende educação de melhor qualidade para os americanos e mudanças na Lei de Imigração, de forma a autorizar a entrada de um número maior de trabalhadores estrangeiros.
As declarações foram feitas durante entrevista coletiva sobre projeções para o ano de 2006. Segundo Donohue, o País está mal preparado para lidar com a retirada do mercado de trabalho de 77 mi-lhões de trabalhadores da chamada geração baby boomers, que estão para se aposentar. “Nós temos que nos assegurar que teremos traba-
lhadores e contribuintes de impostos suficientes para girar uma economia em crescimento a manter uma explosão de aposentadorias”, disse ele em seu relatório da Câmara de Comércio sobre o balanço de negócios dos Estados Unidos.
Segundo Donohue a aprovação da nova lei de imigração que prevê a criação de um programa de trabalhadores temporários está entre as prioridades legislativas da Câmara de Comércio em 2006. Ele acrescentou que a Câmara se opôs ao projeto aprovado em dezembro pelo Senado, que endurece os procedimentos de segurança na fronteira, e requer que empregadores verifiquem o status legal dos tra-balhadores, mas não faz menção à proposta de trabalho temporário.
Ele qualificou como “argumento podre” as críticas de que a comunidade empresarial está interessada no programa de trabalho temporário para assegurar acesso à mão-de-obra barata. “O que as companhias americanas querem é trabalho e nós estamos nos encaminhando para ficar significativamente sem ele”, disse Donohue.
A expectativa é de que o Senado discuta o tema imigração no próximo mês, e Donohue afirmou que seu grupo estará “trabalhando para conseguir suprir os trabalhadores necessários e manter a he-rança americana de ser uma nação acolhedora”.
Donohue acrescentou que a Câmara de Comércio, tradicionamente, manteve-se distante das discussões em torno da reforma do ensino, mas tem mudado de opinião em um panorama internacional no qual a China forma oito vezes mais engenheiros do que os Estados Unidos e a Índia cinco vezes mais. Segundo ele, a Câmara planeja avaliar e criar um ranking de performance do sistema educacional, com o objetivo de auxiliar o empresariado a fazer suas decisões sobre onde investir.
De acordo com Donohue, a Câmara está também trabalhando com outras organizações ligadas à área empresarial visando dobrar o número de graduados em matemática, engenharia e ciências até 2015.