Aprendendo a gostar mais de você

Por Gazeta Admininstrator

?Será que eu não gosto de mim??
Muita gente chega aos meus cursos de Auto-estima com essa pergunta na cabeça. Por isso respondo logo no início:
? Você nasceu gostando de si mesmo, e isto eu posso lhe garantir. Entretanto, até à idade de oito anos você recebeu mais de 100 mil ?nãos?. Não faça isto, não faça aquilo, não faça aquilo outro...
Vários estudos já realizados sobre esse problema de­monstram que as crianças com quatro anos de idade recebem pelo menos nove repreensões para cada elogio. Sabendo disso, dá para imaginar o que aconteceu com a sua auto-estima: ficou lesada, ferida, seriamente pre­judi­c­ada. Como você tinha que continuar vivendo, tra­tou de fazer, inconscientemente, um mecanismo de com­pen­sação. E toda compensação traz uma certa deformação.
Então, o que aconteceu? Você ficou com sua auto-es­tima deformada, e passou a ter duas personalidades: uma persona que se mostra para os outros e outra, lá no fundo, que você esconde de todo mundo.


Então você passa a ter duas vidas. Por causa disso, você gasta uma energia enorme, procurando mostrar-se como uma pessoa que você não é. Essa dicotomia causa um grande desperdício de energia, nesse abismo entre duas partes opostas de sua personalidade.
É possível entrar em contato com a criança que vive dentro de você e que nunca é mais velha do que sete anos. Essa criança interna é a parte mais espontânea de sua personalidade. Nela está a criatividade e a alegria de viver. No momento em que você entrar em contato com a sua criança, vai acontecer que sua vida ficará mais gostosa, sua auto-imagem vai melhorar e o seu de­sem­penho ? tanto pessoal quanto profissional ? nunca será maior do que a sua auto-imagem. À medida que me­­lhora sua auto-imagem, melhora o seu desempenho.


Se você não gosta de si mesmo, pode até pintar-se de ouro e isso não vai fazer nenhuma diferença. O mundo só passa a gostar de você na hora que você gosta mais de si mesmo. E o mais interessante é que, na hora em que você gosta mais de si mesmo, você passa a gostar mais do mundo tam­bém. Assim como você não pode ofer­tar aquilo que não tem, você não pode ofertar amor para os outros se não tem amor por si próprio.
?Gostar primeiro de si, para então gostar dos outros? Ah, isso é egoísmo!? ? dizem alguns. Não, isto não é egoís­mo. Pelo contrário. Isto é mostrar que, gostando de si mesmo, você tem realmente condições de gostar dos outros.


Então, como é que fazemos para modificar essa au­to-estima que foi lesada quando éramos crianças?
O segredo de como alterar a auto-estima é muito sim­­ples: nós somos animais lingüísticos. É a linguagem que nos diferencia dos outros seres e nos faz humanos. Portanto, os valores e crenças que temos na mente foram co­dificados linguisticamente. Assim também a auto-estima é uma realidade lingüística. Foi programada em nosso cé­­­rebro, desde a infância mais remota. E do mesmo jeito que foi codificada linguisticamente, a auto-estima pode ser também recodificada lin­guis­ti­­camente.

Nós estamos em constante evolução. Não existe contrução sem destruição