Argentina anuncia identidade de homem-bomba de 95

Por Gazeta Admininstrator

Promotores informaram que um integrante do grupo militante islâmico Hezbollah foi o suicida responsável pela explosão em um centro comunitário judeu em Buenos Aires, em 1994.
Ibrahim Hussein Berro, de 21 anos, cidadão do Líbano, foi identificado graças a um esforço conjunto dos serviços secretos da Argentina e do FBI, a agência policial americana, segundo o promotor Alberto Nisman.

Segundo Nisman, além da identificação pelo serviço secreto argentino e pelo FBI, a identidade de Hussein foi corroborada por pelo menos três testemunhas.

Os dois irmãos de Hussein que moram nos Estados Unidos afirmaram em depoimentos que ele havia se juntado com grupo militante xiita Hezbollah.

"O testemunho dos dois irmãos foi importante, rico em detalhes e mostrou que ele foi a pessoa que foi morta", disse o promotor Nisman.

O promotor mostrou a jornalistas fotos do suposto suicida, um jovem, de cabelos curtos que vestia uma camisa e jeans.

Militantes islâmicos, com apoio do Irã, já eram os suspeitos de serem os responsáveis pelo ataque que matou 85 pessoas.

Ceticismo

Investigadores independente demonstraram ceticismo, destacando as repetidas demonstrações de incompetência na investigação oficial, segundo o correspondente da BBC na América do Sul, Tom Gibb.

Não foram feitas autópsias adequadas ou testes de DNA nos restos humanos encontrados no local da explosão. Em um dos incidentes mais chocantes, a polícia simplesmente despejou em uma lata uma cabeça encontrada perto do local que pensou ser do suicida, segundo relatos do correspondente.

O carro-bomba na Associação Judaica Mutual da Argentina (AMIA) foi um dos dois ataques contra a comunidade de 200 mil judeus do país durante a década de 90.

A investigação do ataque a bomba contra a Embaixada Israelense em Buenos Aires, em 1992, também continua sem solução.

Argentina, Estados Unidos e autoridades israelenses afirmam que o Irã seria o responsável, acusação negada pelo país.