Armamento americano é vulnerável a ciberataques

Por Gazeta News

Aerial view of the Pentagon, Arlington, VA
[caption id="attachment_173985" align="alignleft" width="345"] Vista aérea do Pentágono em Arlington, VA. Foto: Wikimedia.[/caption] O Pentágono está atrasado em matéria de cibersegurança e vulnerável a ciberataques, informou o relatório de auditoria do governo publicado na terça-feira, 9. Um dos pontos se deve às dificuldades encontradas para recrutar especialistas, que podem ser a razão para a vulnerabilidade do armamento americano em ciberataques. Intitulado "O Departamento de Defesa está apenas começando a se dar conta da amplitude das vulnerabilidades", o escritório de contas do Congresso dos Estados Unidos, GAO, destaca que o equipamento militar do país está cada vez mais conectado. Os caças estão repletos de programas de informática e sensores, o comando operacional é feito por um telão, os soldados são localizados em terra graças ao seu GPS, e os navios da Marinha americana estão cada vez mais computadorizados, indica o relatório. No caso, especialistas do Pentágono que serviram como hackers mostraram como foi fácil invadir os novos equipamentos produzidos entre 2012 e 2017. Esses programas e sensores fazem com que os militares sejam mais eficazes, mas também mais vulneráveis a ataques informáticos. "Em um caso, foi necessária apenas uma hora para uma equipe de duas pessoas penetrar no sistema de computador de um armamento, e um dia para controlar completamente o seu funcionamento", indica o GAO, sem especificar, por razões de segurança, a que armamento faz referência. Em outro caso, os analistas do Pentágono assumiram o controle dos terminais usados durante um exercício. A equipe pôde não só controlar o sistema, como manipulá-lo ao ponto de os operadores virem em sua tela uma janela que pedia a introdução de uma moeda para poder continuar. O Departamento de Defesa "não sabe a extensão das vulnerabilidades de seus sistemas de armamento porque, por uma série de razões, o alcance e a sofisticação dos testes foram limitados". Um dos planos consiste em contratar jovens diplomados antes de terminar a universidade, a fim de oferecer uma primeira oportunidade profissional e tirar proveito de seus conhecimentos. Em um momento no qual os países ocidentais acusam a Rússia de ter realizado ciberataques de grande envergadura nos últimos meses, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, anunciou que os EUA decidiram colocar à disposição da Otan as suas capacidades em matéria de defesa cibernética. Com informações da Reuters.