Arnold Schwarzenegger é contra o envio de tropas da Guarda Nacional à fronteira com o México.

Por Gazeta Admininstrator

Nesta quinta-feira (18), o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, se mostrou contrário à decisão do presidente George W. Bush quanto ao envio de militares da Guarda Nacional. O objetivo dessa medida adotada por Bush é um aumento da vigilância na fronteira do estado com o México.

O reforço na segurança faz parte de uma série de medidas que deverão ser implementadas contra a imigração ilegal. Essas medidas foram propostas pelo Governo norte-americano e encaminhadas para análise do Congresso.

Entre as propostas encaminhadas, existe um esforço por parte do Governo para que seja liberado US$ 1,9 bilhão em recursos de emergência que serão usados para o pagamento do remanejamento de 6 mil agentes da Guarda Nacional estabelecidos no sul do país.

Essa quantia também seria aplicada na infra-estrutura logística e na convocação de mais agentes da Patrulha de Fronteira.

Apesar de ser republicano como Bush, o astro de Hollywood não vê fundamento no pedido para o deslocamento das forças militares, e externou sua preocupação ao secretário de Segurança Interna, Michael Chertoff. “Após uma conversa telefônica de 40 minutos, ficou claro que o governo (federal) não tem resposta para nossos questionamentos”, afirmou a porta-voz de Schwarzenegger, Margita Thompson.

Caso o governador se recuse a cumprir a ordem presidencial, Bush poderá intervir no controle das tropas e destacá-las por conta própria.

Na terça-feira passada, Schwarzenegger divulgou uma carta que enviara a Chertoff na qual perguntava como e por quanto tempo o governo planejava usar a Guarda Nacional. “Colocar as unidades da Guarda na fronteira, para substituí-las a cada duas ou três semanas, seria um pesadelo logístico. É querer demais dos soldados que acabam de regressar do Iraque e do Afeganistão”, escreveu. O contingente costuma ser usado no apoio ao Exército e à Força Aérea dos EUA, inclusive em desastres naturais. “Cada Estado possui sua Guarda Nacional.”

Votação do projeto

Enquanto Bush viajava a Yuma, no Arizona, para mostrar seu comprometimento na melhoria do controle da fronteira, o Senado debatia mais um capítulo daquela que é considerada a mais exaustiva reforma da lei de imigração dos últimos 20 anos.
Por 65 votos a favor e 43 contra, foi aprovado ontem o artigo pelo qual um estrangeiro com visto temporário pode pedir residência permanente, se estiver atuando em funções rejeitadas pelos norte-americanos. A lista dos postos de trabalho “desinteressantes” será elaborada pelo governo. A norma causou polêmica entre os setores mais conservadores, como afirmou o senador John Cornyn, do Texas. “Isso prejudica os trabalhadores americanos e favorece os estrangeiros”, criticou.

Na semana que vem, serão votados outros capítulos da lei, inclusive os que tratam da criação de novos vistos temporários de trabalho. Como parte do debate sobre imigração, o Senado aprovou uma emenda que converte o inglês em “idioma nacional” e promove a “integração patriótica” de potenciais cidadãos. “O governo dos Estados Unidos deve preservar e aumentar o papel do inglês como idioma nacional”, assinala a proposta.