As Aparências Enganam

Por Rosana Brasil

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“ Certa dia, um pequeno ratinho ainda a aprender os mistérios e dilemas da vida viu um gato e achou este um animal bonito e elegante, pois o seu pelo aparentava ser macio e os seus olhos eram verdes escuros como duas azeitonas. No entanto, ao encontrar um galo assustou-se, pois o bicho tinha uma aparência horrível, tinha um gogó vermelho e saliente, pés com unhas enormes e pontiagudas e cantava como um louco batendo as asas. O Ratinho chegou até à sua mãe e disse: -Mãezinha, o meu coração se alegrou ao ver um belo animal elegante que tinha um pelo fofo e macio e olhos verdes como azeitonas, mas tive medo ao ver um animal que tinha uma pele saliente, unhas compridas e pontiagudas e que cantava como um doido. A mãe do Ratinho, com toda a sua sabedoria sobre a vida, disse: -Filho, o animal bonitinho e fofinho é um gato, ao perceberes a sua presença, por ser o teu predador te comeria na mesma hora sem pensar. O animal feio e desengonçado, é um animal cheio de simplicidade e compaixão, enquanto ouvires o seu canto a cada dia te avisa que estás vivo. Nunca mais chegues perto do Gato, mas respeita a importância do Galo” Nem sempre conseguimos mascarar pôr muito tempo nossas verdadeiras intenções. Não da para enganar as pessoas pôr tempo indeterminado. Após vestirmos as roupagens da afabilidade e doçura para encobrir rudeza e desrespeito, vem a realidade dura que desnuda os lobos que vestiram a “pele de ovelha”. Destarte, é no ambiente familiar que retiramos a nossa “pele de ovelha” e mostramos quem realmente somos. É no lar que sentimos seguros para removemos o verniz social da bondade e da caridade e revelamos tal como somos aos nossos familiares. Nos vestimos de “ovelhas” para desempenhar tarefas na vida publica, no setor de trabalho e com amigos, e com recém conhecidos. Por querermos impressionar, aparentamos ser alguém que não somos, representamos personagens de ficção no palco da vida. Ou seja, e como se cumpríssemos um papel numa peça teatral. Maquiagens impecáveis, joias reluzentes, perfumes caros, roupas da moda, fazem parte do nosso “personagem teatral”. Por não nos conhecermos em profundidade é que temos medo de nos mostrar como realmente somos. Destarte atribuímos a nos as qualidades desejadas dos outros, fazendo o papel de artista, de modelo, de indivíduos de sucesso, alimentando a ilusão de que somos, o que desejamos ser. Representar dois ou mais papéis pode levar a uma fragmentação da personalidade, porque, de tanto representar, um dia perdemos a consciência de quem somos e do que queremos na vida. Destarte, quanto mais abandonamos a “pele de ovelha”, imposta no transcorrer da vida mais autênticos seremos com nós mesmos. Ao escolhermos ser autênticos no nosso íntimo, descobrimos nossos potenciais, e consequentemente, agiremos com mais naturalidade e estaremos em paz conosco e com o mundo. Moral: Não julgue as aparências, olhe e observe as atitudes das pessoas à sua volta