Às vésperas de eleição, estudo diz que sistema eleitoral da Venezuela é confiável

Por Gazeta News

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Um estudo sobre as condições em que se realiza a disputa e sobre o sistema de votação eletrônico venezuelano, lançado neste mês pelo americano, Wilson Center, e pelo Idea (Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral, na sigla em inglês), aponta que o sistema eleitoral é confiável, permite controle e monitoramento pela oposição e exclui a possibilidade de fraude massiva que não seja detectável. As informações são da “Folha”.

O estudo feito pelo acadêmico mexicano, José Woldenberg, e pelo ex-diplomata chileno Genaro Arriagada diz que o sistema, questionado pela oposição até 2006, ganhou legitimidade de lá para cá. “Como questionar totalmente (o sistema) sem considerar que, em duas das últimas quatro votações, ele mostrou triunfo da oposição? Isso não impede de apontar suas limitações, mas elas não são de magnitude tal que impeçam atuar dentro dele”, escrevem.

Na Venezuela, o sistema é parecido com o do Brasil, mas, lá, cada voto eletrônico gera um comprovante em papel que o eleitor deposita numa urna convencional. Ao final da votação, as atas eletrônicas são conferidas, na presença de observadores dos partidos ou coalizões, com o resultado de urnas convencionais escolhidas por sorteio. Nas eleições de 2010, 55% das atas passaram pela revisão.

Os observadores partidários de cada mesa de votação também recebem as atas eletrônicas, que podem ser comparadas com os resultados apresentados pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral).

Para os autores do estudo, a possibilidade de conferir resultado mesa por mesa torna praticamente impossível forjar resultados desde que a oposição se organize para ter observadores nas 37 mil mesas eleitorais do país.

A eleição presidencial da Venezuela será no próximo domingo, 7 de outubro. O atual presidente Hugo Chávez disputa a reeleição com o candidato Henrique Capriles Radonsk.