Astros da MLS ganham mais que as estrelas da Série A italiana

Por Daniel Galvão

A agência inglesa de marketing, Verve Search, fez recentemente fez um levantamento em parceria com a Axo Finans, consultora financeira norueguesa, e constatou: há mais jogadores na MLS recebendo 100 mil euros ou mais por semana do que na Série A italiana. Ao todo, cerca de 5% de atletas nessa categoria atuam nos EUA, enquanto somente 3% estão na Itália. No geral e na média, os países invertem os papéis.

O craque brasileiro Kaká, do Orlando City, lidera a lista nos EUA com 126 mil dólares a cada sete dias, enquanto Gonzalo Higuaín acumula 148 mil euros semanais em Turim. Desde 2007, a MLS tem a regra de Jogadores Designados, criada basicamente para receber David Beckham no Los Angeles Galaxy e que permite os clubes contratarem até três jogadores fora do teto salarial.

Vale ressaltar que a evolução da MLS se dá a passos largos. Boa parte das críticas feitas à liga norte-americana de futebol são baseadas apenas em pitacos e pouca observação in loco. Muita gente ainda tem em conta que os EUA não têm tradição no futebol. Mas, esta é uma situação cada vez mais distante da realidade do esporte no país.

No último final de semana, por exemplo, o Seattle Sounders bateu o Toronto nos pênaltis e conquistou, pela primeira vez, o título da Major League Soccer. Esta foi apenas a oitava temporada da equipe e, em todas as edições, o time alcançou ao menos os playoffs. Não bastasse isso, a média em 2016, por jogo, foi de 42.636 torcedores empurrando o clube.

Ainda falta muito para a liga americana atingir o nível de campeonatos europeus. Contudo, a competição cresceu muito nos últimos anos tecnicamente e isso graças a treinadores estrangeiros e grandes estrelas internacionais, muitos já experientes como o próprio Kaká e o espanhol David Villa.