Ataque cibernético já atinge 150 países e pode continuar durante a semana

Por Gazeta News

O maior ataque cibernético que o mundo já viu ainda está fazendo vítimas e ameaça criar ainda mais estragos na próxima segunda-feira, 15, quando as pessoas voltarem ao trabalho e ligarem seus computadores.

A agência de polícia da União Europeia, Europol, afirmou neste domingo, 14, que o ataque foi "sem precedentes" em seu alcance, com mais de 200 mil vítimas em pelo menos 150 países. O porta-voz da Europol, Jan Op Gen Oorth disse que o número de indivíduos vítimas do ataque pode ser bem maior.

O porta-voz informou que ainda é cedo para se descobrir quem está por trás da ação ou suas motivações. Ele afirmou que o maior desafio é o fato de que o ataque se espalha rapidamente, mas acrescentou que, até agora, poucas pessoas pagaram resgates, como exigido pelo vírus.

O ataque começou na última sexta-feira, 12, e acredita-se que seja o maior episódio online de extorsão já registrado. Entre as vítimas estão uma rede de hospitais no Reino Unido e o serviço ferroviário nacional da Alemanha.

O ataque afetou computadores que gerenciam fábricas, bancos, agências do governo e sistemas de transporte. No Reino Unido, quase 20% dos grupos de cuidados com a saúde foram afetados, mas um jovem pesquisador britânico descobriu uma resposta para conter o ataque, o que limitou os danos.

Especialistas em segurança cibernética dizem que pode haver ataques bem maiores, caso as empresas e governos não façam grandes mudanças nos sistemas. Entre os países atingidos estão Rússia, Ucrânia, Brasil, Espanha, Índia e Estados Unidos.

O ataque atual foi realizado a partir de um problema de segurança no Microsoft Windows. A Microsoft havia liberado em março uma atualização que consertava o problema, mas muitos computadores não tinham passado por essa atualização, o que os deixou vulneráveis.

O ransomware, chamado WannaCry, trava arquivos em um computador infectado e pede ao administrador do computador para pagar a fim de recuperar o seu controle.

Fonte: Reuters.